Após decidir, no final da manhã desta segunda-feira, anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), divulgou no Facebook uma nota sobre a decisão.
No comunicado, Maranhão afirma que “não poderiam os senhores parlamentares antes da conclusão da votação terem anunciado publicamente seus votos, na medida em que isso caracteriza prejulgamento e clara ofensa ao amplo direito de defesa que está consagrado na Constituição. Do mesmo modo, não poderia a defesa da senhora Presidente da República ter deixado de falar por último no momento da votação, como acabou ocorrendo”.
Segundo ele, o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como preconiza “o regimento interno da Câmara dos Deputados e o que estava previsto no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello”.
Por fim, Maranhão afirma que anulou a sessão realizada nos dias 15, 16 e 17 e que determinou a realização de uma nova sessão. Ele ainda alega que encaminhou ofício ao Presidente do Senado para que “os autos do processo de impeachment sejam devolvidos à Câmara dos Deputados”.
Repercussão
O comunicado dividiu opiniões na página do deputado no Facebook. Cerca de 20 minutos após a publicação, às 12h36min, o anúncio já tinha tido mais de três mil curtidas e 2.303 compartilhamentos. Entre os comentários dos internautas estavam frases de apoio ao comunicado, mas também críticas e insultos ao Presidente interino e à presidente Dilma Rousseff. “Parabéns, querido!”, comemorou um dos internautas. A hashtag #EstamosContigoMaranhao também já está sendo compartilhada pelos usuários nas redes sociais. “Falta de medo de ser enterrado junto com o PT dá nisso”, “Ladrão” foram alguns desabafos de internautas contrários à decisão.
Folha Pe