O Senado aprovou, neste noite de terça-feira, a cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma na casa. Por unanimidade, com 74 votos, o senador do PT foi afastado do mandato. Houve apenas uma abstenção.
Amaral não apareceu nem mandou representante legal.
Renan Calheiros sofria pressão da presidente Dilma para pautar a votação da cassação de Delcídio antes da apreciação da admissibilidade do impeachment por não desejar ter entre seus algozes seu ex-líder de governo.
No dia anterior, indignado com o novo adiamento do processo de cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) na Comissão de Constituição e Justiça, o presidente do Senado, Renan Calheiros, conseguiu acelerar a conclusão do caso após ameaçar não colocar em votação o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na quarta-feira.
A CCJ chegou a ouvir o depoimento do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que pediu desculpas pelos constrangimentos que causou, segundo ele, a todos os brasileiros.
Por 15 minutos, depois de voltar à Casa cinco meses após ser preso na Lava Jato – o senador apresentou sua defesa no processo de cassação a que responde por quebra de decoro parlamentar.
O que passei, não desejaria a nenhum dos meus inimigos”, disse com voz embargada.
No dia anterior,Delcídio do Amaral sustentou que não havia cometido crimes que possam levar à sua cassação e afirmou que agiu a mando do governo Dilma.
“Não roubei, não desviei dinheiro, não tenho conta no exterior. Sou acusado de obstrução de Justiça. E isso quando eu, como líder do governo, inadvertidamente errei, mas agi a mando. Errei, mas vou perder o mandato?”, questionou.
O senador criticou o andamento do processo, segundo ele, o mais célere da história da Casa.
“Estão queimando etapas de forma inacreditável”, disse. Aos colegas, Delcídio disse que a forma como seu processo tramita abrir precedentes para outros casos.
Ne10