O Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente de Maragogi fechou as portas Ontem (30). O prédio, situado no Conjunto Evangélico (Candinha), funciona há mais de um ano com contrato vencido e o proprietário está há cinco meses sem receber o aluguel, que deveria ser pago pela prefeitura do município.
De acordo com Luiz Fernandes da Rosa, mais conhecido como Correl, o prédio já esteve fechado no mês passado e reabriu com a promessa da prefeitura de que seria pago dois dos seis meses atrasado. “Eles só me pagaram um mês até agora. Na verdade, nunca me pagaram em dia. Fiz dívidas com a certeza de que teria o dinheiro do aluguel e agora resolvi novamente fechar, porque já são cinco meses sem receber”, alegou.
A dívida da prefeitura em relação ao aluguel do imóvel, segundo Correl, é de R$ 5 mil, mas há também três meses de faturas atrasadas referentes à conta de água. “Está tudo no meu nome, não posso mais fazer nada porque estou com o nome sujo”, desabafou.
No contrato, há uma cláusula que estipula o pagamento de 10% do valor do aluguel como multa ao contratante a cada cinco dias úteis de atraso da mensalidade. Entretanto, o proprietário do imóvel nunca chegou a cobrar essa taxa.
“Espero que a situação se regularize. Enquanto isso não acontecer, não vou mais renovar contrato, como a prefeitura já sinalizou o interesse”, destacou.
Os conselheiros tutelares que trabalham no local, de acordo com o proprietário, ficaram a favor da medida adotada por ele, que trancou o prédio com um cadeado até que alguma providência seja tomada. Um dos conselheiros, que não quis se identificar, disse que há dois meses os profissionais não recebem os salários e que as condições de trabalho são precárias no prédio, que não possui nem uma fachada de identificação.
A reportagem tentou entrar em contato com o prefeito Henrique Peixoto, mas até o momento, as ligações não foram atendidas.
GW