Publicada em 19/11/2016 às 10h23.
Exército entrou em força-tarefa para controlar uso de explosivos contra bancos.
Um dia após anunciar um novo esquema de policiamento para conter tumultos em dias de lazer no Bairro do Recife, a Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgou novas estratégias voltadas a outras modalidades de crimes e que terão abrangência em todo o Estado. A força-tarefa de combate a investidas contra bancos, por exemplo, ganhou o reforço do Exército, que desempenhará sua função de controle de explosivos usados para destruir caixas eletrônicos de forma integrada às polícias Civil, Militar (PM), Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), que já atuavam na ofensiva. Já para conter homicídios, roubos e outros delitos, a SDS pretende lançar, na próxima semana, a cada sete dias, todo o efetivo possível nas ruas durante 24 horas. A ideia é que, com maior ostensividade, sejam possíveis dias inteiros sem assassinatos.
“Na próxima semana, a gente vem com uma nova ação, de 24 horas, com todo o emprego possível da polícia nas ruas e para coibir todo tipo de prática criminosa. A gente quer oferecer um dia sem homicídio, um dia com menos roubo, com menos violência contra a mulher, contra o idoso, contra o cidadão comum que pega seu ônibus, que vai trabalhar ou assistir a um jogo de futebol”, declarou o secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, durante uma entrevista, ontem, a uma rádio local.
Já no caso dos bancos, uma reunião de trabalho foi realizada, na tarde de ontem, para oficializar a entrada do Exército na força-tarefa. A polícia já havia adiantado, em 1º de novembro, que estava em tratativas com a instituição sobre o assunto. Foi no mesmo dia que quatro novas equipes de delegados foram designadas para investigar roubos e furtos contra as instituições. Além dessas estratégias, dois helicópteros da SDS já atuam no Agreste e no Sertão desde o início do mês. Um terceiro, da PRF, deve ser disponibilizado. A ideia é dar mais mobilidade às equipes policiais e melhorar a resposta quando houver algum ataque a banco, sobretudo no Interior, onde as aeronaves terão bases.
“Em breve, as três estarão disponíveis para agir em ações criminosas desse tipo. E, no caso dos explosivos, são muito usados em pedreiras. Mas em que momento e como eles são desviados para serem usados em ações contra bancos? O Exército vai monitorar isso”, explicou o chefe da Polícia Civil, delegado Antônio Barros, em entrevista coletiva.
Na ocasião, também foi detalhada a prisão de dois envolvidos na comercialização de cédulas manchadas com tinta de um dispositivo antifurto de caixas eletrônicos. Com os homens, foram apreendidos R$ 24,5 mil em notas de R$ 50 e R$ 100. O flagrante ocorreu em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul. O dinheiro seria repassado no comércio. Duas cédulas marcadas valiam uma limpa. Um detento tinha participação no esquema. “Quem for pego tentando repassar uma dessas notas pode cumprir de 3 a 8 anos de prisão”, alertou o titular da delegacia de Roubos e Furtos, Paulo Berenguer. Quem, de boa fé, estiver com uma das notas deve procurar o Banco Central.
Folha PE
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