Publicada em 22/06/2017 às 16h41.
Alagoas fica em estado de emergência pela leptospirose
ALERTA. Risco de proliferação da doença em municípios atingidos por fortes chuvas preocupa autoridades.

(Reprodução da internet)

 

Em decorrência do pós-enchente, até o fim deste mês, Alagoas estará em situação de emergência para a leptospirose. É o período médio de incubação da doença que dura trinta dias, desde a contaminação. Do dia 30 de maio a 19 de junho, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) notificou 55 casos suspeitos, desses, nove evoluíram para óbito, com cinco deles confirmados.

De acordo com a gerente técnica do Hospital Helvio Auto, Luciana Pacheco, o número de óbitos não significa necessariamente surto da doença. Entretanto, a quantidade de casos é o que pode representar a gravidade da situação. “A leptospirose é, sim, uma doença grave e pode ter uma evolução benigna, mas também pode evoluir com gravidade. Tanto que tem esse número de óbitos. Se a pessoa tiver contato com a água contaminada, se tiver febre, dor de cabeça e dor no corpo deve buscar um atendimento”, afirma a médica.

Os casos confirmados são oriundos dos municípios de Maceió e União dos Palmares, com quatro pacientes e um nessas cidades, respectivamente, de acordo com a Sesau. Ainda estão em investigação registros feitos em Atalaia (1), Maceió (2) e Pilar (1), municípios afetados pelas fortes chuvas do fim de maio. “Até o dia 30 de junho nós estaremos em situação de emergência, porque é o período de incubação da doença (que são em média trinta dias). E essa situação pode se prolongar”, disse Cristina Rocha, superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau.

Segundo a superintendente informou à Gazeta de Alagoas, “ainda não se faz essa classificação concreta (sobre surto ou epidemia) por Alagoas estar numa situação de emergência”. “A expectativa é que se tenha um aumento de casos porque as pessoas, independentemente da vontade, ficaram expostas à água contaminada. Era esperado o aumento desse tipo de agravo assim como aumentam as diarreias e acidentes com animais peçonhentos”, declarou Cristina Rocha.

 

 

Gazeta Web

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