Um vereador e um técnico de informática de São Mamede, no Sertão Paraibano, foram presos na segunda-feira (10) suspeitos de vender equipamentos eletrônicos pertencentes à Secretaria de Educação da Paraíba (SEE-PB) em sites de compra e venda de mercadorias.
O delegado Demétrius Patrício, responsável pelo caso, diz que as investigações começaram com a denúncia de que um roteador pertencente a uma escola estadual da Gerência Regional de Educação de Patos estava sendo oferecido na internet pelo valor de R$ 500,00. Cada equipamento foi adquirido pelo Estado por R$ 2,7 mil.
Segundo a denúncia, nas fotos de exibição do produto era possível identificar o número de tombamento da SEE/PB. A denúncia foi feita na semana passada.
Os agentes de investigação conseguiram entrar em contato com o anunciante da venda e marcar um encontro para fechar o negócio e comprar um dos computadore. Na ocasião, um técnico de informática de 25 anos foi preso em flagrante e foi autuado pelo crime de receptação.
Segundo o delegado, o vereador confessou aos agentes da Polícia Civil ter guardado os produtos em um sítio na zona rural de São Mamede. O político foi levado à delegacia e autuado pelos crimes de peculato, roubo e crime contra a administração pública.
A reportagem fez contato com o advogado do vereador Francisco das Chagas Medeiros através do telefone, mas até as 11h40 ele não atendeu às chamadas. Após a prisão, a polícia descobriu que o vereador era o responsável pelo desvio e apropriação dos equipamentos públicos.
No sítio foram encontrados e apreendidos três equipamentos. Segundo o delegado, a dupla comercializava os equipamentos desde janeiro e as investigações buscam saber agora quantos produtos foram vendidos pelos suspeitos, já que no início do ano a Secretaria de Educação do Estado destinou para o município 26 máquinas que seriam instaladas nas escolas estaduais.
O técnico de informática preso pelo crime de receptação pagou fiança e aguarda o decorrer das investigações em liberdade. Já o vereador prestou depoimento e foi encaminhado para o Presídio Romero Nóbrega, onde fica a disposição da justiça.
G1