Em outro comunicado, a empresa informou reajuste de 2,5 por cento nos preços de comercialização às distribuidoras do GLP destinado aos usos industrial e comercial, em alta válida também a partir de quarta-feira.
Segundo a Petrobras, o cenário de baixa oferta e de alta na cotação externa foi considerado no ajuste do gás de botijão para uso residencial. A empresa sinalizou ainda que novos reajustes podem estar a caminho, após avaliação de seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp).
"A correção aplicada neste momento não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional. Uma nova avaliação do comportamento deste mercado será feita pelo Gemp em 21 de setembro", disse em nota.
A tempestade não afetou somente o mercado de gás, causando também a disparada nos preços externos da gasolina na semana passada, o que levou a Petrobras a aplicar fortes reajustes nos últimos dias.
O ajuste do gás de cozinha anunciado nesta terça-feira, aplicado aos preços sem tributos, representará uma alta média de 4,2 por cento, ou cerca de 2,44 reais por botijão se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, comentou a estatal.
A Petrobras observou que a região de Houston (Texas), afetada pela tempestade Harvey, é a maior exportadora mundial de GLP, atendendo mercados importadores como Europa e Extremo Oriente.
"Com a chegada do furacão Harvey na semana passada, tanto a produção quanto os terminais do Golfo americano foram impactados e permanecem fora de operação. Assim, a menor disponibilidade de GLP provocou aumento de preço nos mercados consumidores, incluindo o Brasil", explicou a companhia.
"Avaliações de mercado chegaram a apontar que o estoque não atingiria níveis considerados confortáveis para fazer frente ao período de inverno no Hemisfério Norte", comentou a Petrobras.
Segundo a Petrobras, os impactos do Harvey só vieram agravar esse cenário, acarretando a manutenção de cotações elevadas no início do mês de setembro.
Terra