A prefeita de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Roseli Ferreira Pimentel (PSB), é acusada de utilizar dinheiro público para mandar matar o jornalista Maurício Campos Rosa, 64 anos. A pessebista foi presa na última quinta-feira (7) e indiciada por homicídio duplamente qualificado.
De acordo com jornais mineiros, as investigações apontam que o assassinato foi motivado pela disputa eleitoral de 2016. Roseli teria pago R$ 20 mil pelo crime e a verba retirada do orçamento da Secretaria Municipal de Saúde, com nota emitida pela Secretaria de Educação para a compra de mamão para a merenda escolar.
“Esse dinheiro foi calçado por uma nota da Educação, mas compensado por recursos da saúde. A nota utilizada para tentar calçar esse valor é de mamão da merenda escolar. Mas o recurso público está sendo compensado pela Secretaria da Saúde, pelo aluguel de um posto de saúde”, explicou o delegado César Matoso, responsável pelo caso.
O jornalista era dono do jornal O Grito, que é distribuído gratuitamente na cidade mineira há mais de 20 anos com notícias da região. O crime aconteceu em 17 de agosto de 2016. Maurício Campos foi atingido por cinco tiros. De acordo com a PM, uma testemunha disse que Rosa havia acabado de sair do imóvel quando ele foi baleado. De acordo com o delegado César Matoso, Roseli vinha sendo chantageada pelo jornalista.
“A prova indiciária é muito forte no sentido de que a motivação se deu por chantagens da vítima, que cobrava valores em dinheiro da então candidata a prefeita do município de Santa Luzia. Essa ordem (assassinato) partiu dela a um auxiliar, que contratou o executor”, explicou. O delegado disse que o jornal publicava matérias favoráveis ao município mas, ameaçava mudar a linha editorial caso não houvesse o pagamento de propina.
A prefeitura de Santa Luzia não se pronunciou sobre o assunto, mas nesta segunda-feira (11), anunciou que o vice-prefeito Fernando César (PRB) estava assumindo o comando da administração municipal.
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