A movimentação começou logo no início da manhã. Na Operação denominada de "Torrentes", os agentes investigam crimes de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de funcionários públicos. A Secretaria da Casa Militar é o princial alvo da Polícia Federal que começou as investigações em 2016. De acordo com a apuração dos policiais, até R$ 450 milhões, que foram depositados pela União para a assistência de vítimas das enchentes de junho de 2010 na Mata Sul de Pernambuco, podem ter sido desviados. Há suspeita, ainda, de que dinheiro liberado para vítimas de enchentes das chuvas de maio deste ano também foram desviados.
Para o Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, foi designada uma equipe do Comando de Operações Táticas (Coti), considerada a elite da Polícia Federal. Segundo as investigações, os funcionários da Casa Militar direcionavam contratos de licitação para grupos de empresários, em troca de propina. A investigação começou depois de um relatório da Contraladoria-Geral da União (CGU), que acompanha a operação desta quinta-feira. De acordo com a CGU, há ainda indícios de superfaturamento e inexecução de contratos.
Outros pontos da operação
Além da sede do governo estadual, mandados também são cumpridos no prédio da Vice-Governadoria, no bairro de Santo Amaro, e em um edifício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Policiais federais também cumprem mandados em um edifício no bairro das Graças. Veículos caracterizados da PF também foram vistos nos bairros da Torre e da Iputinga, na Zona Oeste do Recife. O bairro de Casa Caiada, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, também recebeu equipes da PF.