Lewis Hamilton tem uma relação especial com o 44. É seu número da sorte. Com o qual corria de kart, e com o qual corre hoje na Fórmula 1. E sua vitória de número 44 demorou, mas chegou com um sabor especial. Com uma vitória baseada no talento e na inteligência nas ruas deMônaco, pela 6ª etapa da temporada 2016.
- Já tive muitas corridas, mas pessoalmente sinto que essa foi a melhor de todas. Sinto que no meu coração esta é “a” vitória, conquistada. E eu a conquistei. Não acho que foi uma tacada de sorte. Eu realmente batalhei por cada centímetro da pista, cada pouquinho da aderência, cada habilidade que tinha para ficar à frente de Daniel. Minha 44ª vitória, em Mônaco, onde eu não ganhava há anos... Eu me sinto abençoado – celebrou.
Partindo do 3º lugar no grid, o britânico da Mercedes apostou em uma estratégia ousada para vencer. Enquanto os concorrentes optaram por trocar os pneus de chuva pelos compostos intermediários na primeira parte da prova, Lewis decidiu se manter na pista o máximo possível e trocar direto para os de pista seca, economizando um pit stop. Mas apesar do “pulo do gato”, o triunfo de Hamilton não seria possível não fosse um vacilo da RBR. Pole position, Daniel Ricciardo liderava a prova, mas em sua segunda parada nos boxes, os mecânicos austríacos não estavam prontos. O tempo perdido foi suficiente para o australiano voltar logo atrás de Hamilton. Apesar do erro da RBR ter sido crucial, Hamilton destaca os méritos de sua tática e de todo o esforço para sair vitorioso mesmo não começando a prova com as melhores condições. Tanto que elegeu o triunfo como o maior de sua carreira.
- Eu não era necessariamente o mais rápido, mas o asfalto secando é minha condição preferida de pista. Eu preferi permanecer na pista, eu sabia que seu eu conseguisse permanecer um pouco mais eu poderia fazer apenas um pit stop e colocar direto os slicks.
Após tomar a liderança de Ricciardo na estratégia de pit stops, Hamilton teve mais uma dura missão até a vitória: seguir até o fim da corrida, sem parar novamente nos boxes, com os pneus ultramacios, os mais velozes, porém de maior desgaste entre os compostos desenvolvidos para a F1. Detalhe: ainda faltavam 47 voltas. Graças ao asfalto pouco aderente e amenizado com a chuva, o inglês conseguiu administrar os pneus ao mesmo tempo que não segurou o ritmo, vencendo com 7s de vantagem.
- Ainda era um longo caminho naqueles pneus e a loucura era que ninguém sabia até quando ele duraria. Havia maneiras de administrar os pneus, mas aí Daniel encostaria. Então eu tive que pisar fundo. Parecia que estava durando a vida inteira!
Com a vitória, Hamilton pulou para a vice-liderança com 82 pontos e agora está a 24 do líder e companheiro de equipe Nico Rosberg, diferença menor que a pontuação de um vencedor ou seja, no GP do Canadá, daqui a duas semanas, se ele vencer e Rosberg quebrar, assume a ponta do campeonato.
G1