Publicada em 31/05/2016 às 13h44.
OMS recomenda sexo seguro por dois meses em áreas afetadas pelo zika
Este é o tempo estimado para garantir que infecção seja eliminada do corpo e não seja transmitida.

Os viajantes que retornarem de áreas afetadas pelo vírus zika deverão se abster de ter relações sexuais ou proteger-se durante "pelo menos oito semanas", e não apenas quatro, anunciou nesta terça-feira a OMS. Em suas novas recomendações para a prevenção da transmissão sexual do zika, a Organização Mundial da Saúde diz que as pessoas deverão esperar "seis meses, se o parceiro masculino apresentar sintomas da doença".


Este é "o tempo estimado para garantir que a infecção foi eliminada do corpo e que o vírus não poderá ser transmitido (...) para o parceiro", explicou à imprensa o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.


O vírus zika está associado na América Latina a uma explosão de casos de microcefalia, uma má-formação grave e irreversível caracterizada por um tamanho anormal do crânio do feto, assim como doenças neurológicas em adultos, incluindo a síndrome de Guillain-Barré.


O mosquito Aedes aegypti é considerado o principal vetor de transmissão do vírus zika, mas "evidências cada vez maiores apontam que a transmissão sexual é possível", afirma a OMS no documento publicado nesta terça-feira.


Os cientistas ainda não sabem quanto tempo o vírus pode sobreviver no sêmen. O vírus foi detectado 62 dias após a cura de um homem de 68 anos, o período mais longo observado até à data. A OMS mantém suas recomendações sobre o risco de transmissão sexual do vírus zika.


Os parceiros sexuais de mulheres grávidas que vivem em áreas onde a transmissão local do vírus zika é conhecida ou que tenham retornado destas regiões devem "adotar práticas sexuais mais seguras ou abster-se de atividade sexual durante o período da gravidez".


Além disso, todos os pacientes infectados e seus parceiros sexuais (em particular as mulheres grávidas) devem receber preservativos e ser informado "sobre as medidas de contracepção e práticas sexuais menos arriscadas", ressalta a OMS.


A organização apela também para que as mulheres que tiverem relações sexuais desprotegidas e que não desejam engravidar por causa de preocupações relacionadas com o vírus zika tenham um "acesso fácil a serviços de contracepção de emergência". O vírus está ativo em 60 países, mas o Brasil, que receberá em breve os Jogos Olímpicos de 2016, é o país mais afetado no mundo.

 

 

 

Folha PE

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