Publicada em 19/07/2023 às 23h22.
Superfungo: Pernambuco confirma terceira morte de paciente com Candida auris
De acordo com a Secretaria de Saúde, paciente estava internado no Hospital do Tricentenário. Ele foi o segundo caso identificado no estado.


A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou nesta quarta-feira (19) a terceira morte de um paciente com o superfungo Candida auris, em 2023, em Pernambuco. De acordo com o governo, o óbito não foi provocado pela doença. Desde maio, 11 pessoas foram diagnosticadas com o fungo.


Segundo a SES, o paciente era um homem de 77 anos, que estava internado no Hospital do Tricentenário, em Olinda, no Grande Recife. A morte aconteceu por problemas de saúde que não têm a ver com o superfungo. Ele morreu na terça-feira (18).


O idoso foi o segundo paciente diagnosticado com o superfungo, no dia 14 de maio. De acordo com a SES, ele deu entrada na unidade com infecção urinária, sendo internado na enfermaria, e o quadro de saúde foi se agravando durante o período de internamento.


A primeira morte de um paciente com Candida auris — um homem de 63 anos — foi confirmada no dia 16 de junho. A segunda, de outro idoso, de 69 anos, foi notificada em 5 de julho.


Ao todo, 11 pessoas foram colonizadas pelo superfungo no estado em 2023. Confira, abaixo, a lista dos casos por data do diagnóstico:


11 de maio: Homem de 48 anos, internado no Hospital Miguel Arraes;

14 de maio: Idoso de 77 anos, internado no Hospital Tricentenário (morreu);

23 de maio: Idoso de 65 anos, que foi internado no Hospital Português (já recebeu alta);

29 de maio: Idoso de 63 anos, internado no Hospital Miguel Arraes (morreu);

31 de maio: Idosa de 70 anos, internada no Hospital Miguel Arraes (já recebeu alta);

31 de maio: Homem de 51 anos, internado no Hospital do Tricentenário;

1º de junho: Idoso de 69 anos, internado no Hospital do Tricentenário;

5 de junho: Homem de 54 anos, internado no Hospital do Tricentenário;

5 de junho: Homem de 50 anos, internado no Hospital do Tricentenário (já recebeu alta);

4 de julho: Homem de 52 anos, internado no Hospital Miguel Arraes (HMA), que passou pelo Hospital Getúlio Vargas;

11 de julho: Mulher de 37 anos, internada no Hospital da Restauração (já recebeu alta).


De acordo com a Secretaria de Saúde, todos os 11 casos confirmados até o momento são de colonização. Isso significa que a pessoa tem o fungo no corpo, mas não foi "infectada".


Nesta fase, não há sintomas. Porém, um machucado, uma ferida na pele ou o uso de cateter no hospital pode permitir que ele entre no corpo, atinja a corrente sanguínea e provoque uma infecção.


Em casos graves, pode prejudicar órgãos como o coração e o cérebro. Em último caso, podem levar à sepse, uma infecção generalizada capaz de matar.


Como se prevenir?

As formas de prevenção são as seguintes:


Higiene das mãos;

Uso adequado de materiais de proteção;

Limpeza do local onde estão os pacientes infectados.

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