Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF / Foto: Agência Brasil.
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, permitiu que 17 senadores visitassem
o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques no complexo penitenciário da Papuda, em
Brasília.
Ele foi preso em 2022 por, supostamente, bloquear o trânsito com o uso da PRF e tentar manipular o resultado das eleições daquele ano.
Vasques é processado com uma ação de improbidade administrativa
na qual é acusado de uso indevido do cargo para fazer campanha em favor do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
A decisão de Moraes, da última sexta-feira, 21, permitiu que até três
parlamentares visitassem o detento.
Entre os políticos que devem visitá-lo, estão Ciro
Nogueira (PP-PI), Damares Alves (Republicanos-DF), Jorge Seif (PL-SC), Magno
Malta (PL-ES), Marcos Pontes (PL-SP) e Sergio Moro (União-PR), segundo o
jornal O Globo. Já os acompanhantes como assessores, seguranças,
advogados ou familiares não tiveram autorização.
Moraes também proibiu entrar na prisão com
celulares e fazer qualquer tipo de registro no interior das galerias dos presos
Relembre o caso
Em agosto do ano passado, Silvinei foi preso em Florianópolis, no bojo da
Operação Constituição Cidadã, da PF, após ordem de Moraes.
De acordo com a PF, Silvinei e outros agentes da PRF supostamente utilizaram a
máquina pública para interferir no segundo turno das eleições.
Uma das provas coletadas pelos investigadores foi o
indício de direcionamento de recursos por parte de membros da corporação para
dificultar o trânsito de eleitores nordestinos no dia do pleito.
Em junho do ano passado, ele prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro e negou ter usado o seu cargo para beneficiar
Jair Bolsonaro.
Tentando blindar o ex-chefe do Executivo, Silvinei disse que a ação da corporação foi mais intensa no Nordeste porque a estrutura da PRF é maior na região.
Em outubro, o colegiado, em relatório final, pediu o
indiciamento dele.
Às vésperas do segundo turno, o ex-diretor da PRF usou as redes sociais para
pedir votos para Bolsonaro. Ele publicou uma foto da bandeira do Brasil e
escreveu: "Vote 22, Bolsonaro presidente".
Logo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, Silvinei se
aposentou, aos 47 anos, diante das investigações sobre a atuação dele no
comando da PRF durante as eleições.
FONTE: FOLHA PE.