Professores encerram a greve na UFPE / Foto: Adufepe.
A greve dos professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) chegou ao fim.
Em assembleia realizada nesta
quinta-feira (27) pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), no auditório
do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), os docentes aprovaram, com 963 votos a favor, 427 contra
e 45 abstenções, o encerramento da paralisação, que começou em 22 de
abril.
Os professores definiram que a greve, na prática, se encerra no dia 3 de julho, mas o calendário acadêmico pós-paralisação será estabelecido posteriormente pela Adufepe junto à Reitoria da UFPE.
Os docentes definiram ainda
que a data de retorno às aulas será em 8 de julho.
Mesmo com zero reajuste neste ano, o governo anunciou
que a categoria terá aumento de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de
2026.
Apesar do reajuste salarial não ter sido plenamente atendido, uma série de outras demandas da categoria foi atendida.
Por exemplo, a recomposição do orçamento das universidades e a
garantia de permanência de qualidade para os estudantes.
A presidente da Adufepe, Teresa Lopes, destacou a participação dos docentes na assembleia que definiu o fim da greve.
“Nós tivemos muitas conquistas, tudo fruto da nossa mobilização. O governo entendeu que as nossas demandas eram justas. Agora é trabalhar para readequar o calendário para que não tenhamos mais prejuízos”, reforçou Teresa.
“Precisamos sentar com a reitoria para definir como será a reposição das aulas. Nós temos um novo perfil de alunos, com a maioria vindo das cotas. Isso tem que ser levado em conta”, explicou a presidente do sindicato.
Demandas atendidas
Outra conquista da greve foi a revogação da Portaria 983/2020,
que aumentava a carga horária dos professores de ensino de institutos federais
e colégios de aplicação, prejudicando as atividades de pesquisa e
extensão.
Mais ganhos contabilizados são os reajustes em
benefícios como auxílio alimentação, saúde suplementar e
creches e as 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e
indígenas.
Também o anúncio do PAC das Universidades, que vai destinar R$ 5,5 bilhões
para expansão e criação de novos campi em todo o Brasil, incluindo um em
Sertânia, no Sertão de Pernambuco.
Outras instituições
Também nesta quinta-feira (27), os servidores do Instituto Federal do
Sertão Pernambucano (IFSertãoPE) decidiram encerrar a greve que
começou no dia 10 de abril.
A decisão, válida para todos os campus da instituição, foi aprovada com 306 votos favoráveis, 19 contrários e 12 abstenções.
O retorno das atividades administrativas está marcado para
a próxima quarta-feira, dia 3 de julho. A volta às aulas será definida por cada campus.
O IFSertãoPE tem os campus Petrolina, Petrolina Zona Rural, Salgueiro, Ouricuri, Santa Maria da Boa Vista, Serra Talhada e Floresta.
O fim da greve foi decretado após a aprovação das propostas
feitas pelo Governo Federal. O acordo prevê dois reajustes salariais: 9%
em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026.
A proposta prevê ainda o compromisso de melhorias em relação às remunerações por progressão de carreira e a criação, em 2026, do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), um benefício que permite a remuneração dos profissionais por titulações acadêmicas.
FONTE: FOLHA PE.