Publicada em 04/07/2024 às 09h44.
PF faz operação para apurar supostas fraudes em cartão de vacina e mira prefeito aliado de Bolsonaro
Os alvos nessa quinta-feira são agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias

Ex-presidente da República, Jair Bolsonaro / Foto: Divulgação.     


 A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (4) a segunda fase da Operação Venire, que apura a existência de associação criminosa responsável por crime de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.


Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19.



PF na casa do Washington Reis / Foto: Reprodução. 


A ação tem como objetivo buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento, segundo a PF.


Entre os alvos, estão o atual secretário estadual de Transportes Washington Reis, ex-prefeito de Caxias, e Célia Serrano, secretária de Saúde do município.


Em março, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) no caso da fraude das carteiras de vacina. Eles foram acusados dos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.


Ao concluir inicialmente o relatório, em março, a PF apontou que Bolsonaro não apenas tinha ciência do esquema de fraude, como ordenou a falsificação.


"Vários atos de acesso ao sistema ConecteSUS, inclusive a impressão de certificado de vacinação ideologicamente falso, foram praticados na residência oficial da Presidência da República, Palácio do Alvorada, ocupada na época dos fatos por Jair Messias Bolsonaro", afirmava o primeiro relatório da PF.


De acordo com os investigadores, a falsificação dos certificados pode ter sido feita pelo grupo "para permitir que seus integrantes, após a tentativa inicial de golpe de Estado, pudessem ter à disposição os documentos necessários para cumprir eventuais requisitos legais para entrada e permanência no exterior (cartão de vacina), aguardando a conclusão dos atos relacionados a nova tentativa de golpe de Estado que eclodiu no dia 8 de janeiro de 2023".


Os investigadores dizem que um grupo ligado ao ex-presidente inseriu informações falsas sobre a vacinação contra a Covid no sistema do Ministério da Saúde poucos dias antes de Bolsonaro viajar aos Estados Unidos, em dezembro de 2022, último mês do mandato dele. Na época, os Estados Unidos exigiam comprovante de vacinação para admitir a entrada de estrangeiros.



FONTE: FOLHA PE.









 

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