Publicada em 04/07/2024 às 09h58.
Flávio Bolsonaro quita mansão de R$ 5,97 milhões 27 anos antes do previsto
Senador quitou financiamento milionário de casa em região nobre de Brasília. Ele afirma que além da atividade parlamentar, é empresário e advogado

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) / Foto: Divulgação.    


 O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quitou de forma antecipada uma mansão adquirida por R$ 5,97 milhões em 2021.


Ao comprar a casa, em região nobre de Brasília, o parlamentar deu uma entrada de R$ 2,87 milhões e financiou R$ 3,1 milhões junto ao Banco BRB para que fosse quitado em 30 anos.


Neste ano, no entanto, três anos depois, a dívida do deputado já foi findada.


A informação, veiculada nesta tarde pelo Estadão, consta em uma ação apresentada pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF) contra o banco e o senador.


A parlamentar afirma que o banco concedeu financiamento ao senador e à sua mulher “em desacordo com suas próprias regras internas”, e pediu a nulidade do empréstimo.


Conforme alegado, a renda informada pelo casal não seria suficiente para firmar o financiamento.


Em alegação elaborada no último dia 25, o banco pontua que a ação perdeu o objeto. “O contrato impugnado por meio desta Ação Popular se encontra quitado, conforme os documentos comprobatórios anexos.


Ou seja, além de a operação de crédito ter sido regularmente contratada, nenhum prejuízo trouxe ao erário público distrital pois não houve inadimplência, apesar de a Autora Popular ter alegado que o empréstimo seria ‘bastante temerário do ponto de vista mercantil’”, ressalta.


Em nota enviada por sua assessoria, o senador frisou que, além da atividade parlamentar, é “empresário e advogado”. Perguntado sobre clientes e atividades empresariais, não respondeu.


“A quitação da dívida com o BRB só comprova que o banco não me emprestou dinheiro por causa de meus olhos verdes, mas sim porque eu tinha capacidade de honrar com os pagamentos. Além da atividade parlamentar, sou empresário e advogado. Para a decepção de quem torce contra, todos os recursos, como sempre, são lícitos e fruto do suor de meu trabalho. Vou pedir a condenação da autora da ação, uma petista, por litigância de má-fé e, agora, por vazamento de informação sigilosa em processo que tem segredo de justiça”, disse em nota.


Na ação, o banco afirmou que, na época em que o empréstimo foi analisado, houve a comprovação de renda do senador por meio do seu contracheque no Senado, suas declarações de imposto de renda de 2019/2020, nos quais mencionavam seus negócios em uma loja de chocolates, e por um documento contábil emitido por contador habilitado.


O banco afirmou que a taxa de juros praticada na contratação (3,65% ao ano + IPCA) estava disponível “para todos os clientes que atendessem aos requisitos definidos no Manual”.


“Não existem irregularidades na contratação, que foi levada a cabo de forma consentânea aos normativos internos do BRB. Qualquer alegação de que houve algum tipo de favorecimento fica devidamente rechaçada com a juntada dos documentos que instruem essa manifestação, revelando, ao contrário, que o financiamento foi contratado com as mesmas condições dos demais clientes do Banco”, frisou.


O caso tramita no TJDT. Inicialmente, a 1ª Vara julgou improcedente o pedido de Kokay. Após uma apelação, no entanto, o tribunal cassou a sentença e determinou o retorno do caso para inclusão de mais documentos necessários para o esclarecimento dos fatos.



FONTE: FOLHA PE.




  

Os comentários abaixo não representam a opinião do Portal Nova Mais. A responsabilidade é do autor da mensagem.
TODOS OS COMENTÁRIOS (0)



Login pelo facebook
Postar
 
Curiosidades
Policia
Pernambuco
Fofoca
Política
Esportes
Brasil e Mundo
Tecnologia
 
Nova + © 2024
Desenvolvido por RODRIGOTI