Publicada em 01/08/2024 às 09h52.
Pernambuco chega a 89 casos de febre Oropouche, e Ministério da Saúde vem ao Estado debater estratégias de enfrentamento à doença
Ministério da Saúde, gestores de vigilância em saúde e pesquisadores participam, na quinta-feira (1º), de seminário com apoio da Fiocruz Pernambuco e Opas

Febre Oropouche transmitida pelo mosquito maruim / Foto: Fiocruz.     


 Com a crescente disseminação do vírus Oropouche no Brasil, especialmente em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) realiza, nesta quinta-feira (1º), o 1º Seminário sobre Oropouche em Pernambuco 2024, que acontece no auditório do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife. 


Com apoio da Fiocruz Pernambuco e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o evento tem como objetivo debater temáticas que englobam o cenário da doença no País, o diagnóstico, o monitoramento de casos e os desafios para a saúde pública.


O seminário, das 8h às 17h30, terá três mesas de discussão e um painel de debates, com a participação do Ministério da Saúde, gestores estaduais de vigilância em saúde e a comunidade científica.


O Estado de Pernambuco tem atualmente 89 casos confirmados da febre Oropouche. Até o momento, o vírus isolado foi identificado em pacientes dos municípios de: Jaqueira, Pombos, Água Preta, Moreno, Maraial, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Timbaúba, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Catende, Camaragibe, Ipojuca e Aliança.



   Mapa da Febre Oropouche no Brasil, atualizados em 29 de julho de 2024.      


 A secretária de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti, garante que o Estado está focado e direcionado para o enfrentamento ao vírus Oropouche. "É uma condição que tem se mostrado emergente e necessita de acompanhamento.


Promover este tipo de encontro, junto a diversas instituições que pesquisam e monitoram a doença, é de extrema importância para darmos os direcionamentos técnicos necessários e para termos a troca de experiências. Nossa equipe está acompanhando todas as investigações de perto."


A primeira mesa-redonda do seminário, que começa às 9h, tem como tema o cenário epidemiológico da febre Oropouche nas Américas, no Brasil e em Pernambuco. A mediação será da secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.


O cenário nas Américas vai ser apresentado pelo coordenador da Unidade de Emergências, Evidências e Inteligência em Saúde da Opas, Alexander Rosewell. Já a coordenadora da Vigilância em Arboviroses do Ministério da Saúde, Lívia Vinhal, falará sobre o panorama brasileiro do vírus, e a apresentação sobre Pernambuco será feita pelo secretário-executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária do Estado, Bruno Ishigami.


Os desafios atuais no diagnóstico e no manejo clínico da febre Oropouche serão discutidos na durante a segunda mesa-redonda do seminário, com mediação do presidente da Sociedade Pernambucana de Infectologia (SPI), Danylo Palmeira. O momento contará ainda com explanações sobre os desafios locais e operacionais para o diagnóstico laboratorial, com a diretora do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE), Keilla Paz. 


A parte direcionada ao diagnóstico molecular e à análise genômica fica sob o comando do chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos da Fiocruz, Felipe Naveca. Já a preparação do serviço de assistência para enfrentamento à febre Oropouche será explanada pelo coordenador de Urgências do Ministério da Saúde, Felipe Reque.


Ainda durante o seminário, o diretor-geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra, mediará uma mesa-redonda com conteúdo voltado aos desafios da vigilância em saúde diante da febre Oropouche, com transmissão vertical documentada.


O evento ainda traz um painel focado no estado da arte sobre a história natural da febre Oropouche. O momento contará com cinco apresentações de diversos especialistas, que vão abordar a experiência no Brasil (Instituto Evandro Chagas), a evolução clínica da febre Oropouche no Amazonas (SES do Amazonas), o comprometimento neurológico associado à febre Oropouche (Instituto Evandro Chagas), os critérios clínico-laboratoriais dos óbitos descritos na Bahia (SES da Bahia) e as implicações do comportamento biológico do vírus Oropouche na patogenia da febre (Fiocruz).  

 

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado. ”



FONTE: JC ON LINE.









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