Publicada em 21/08/2024 às 08h52.
Ministros defendem taxação de super-ricos como medida necessária
O tema foi debatido no G20

Encontro Preparatório da Cúpula Social G20 / Foto: Agência Brasil.   


 Em reunião preparatória para o G20 Social, realizada no Rio de Janeiro nesta terça-feira (20), ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva reforçaram a prioridade de implementar a taxação dos super-ricos. A proposta visa reduzir a desigualdade global e combater a fome nos países mais pobres.

 

O encontro contou com a participação dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), Marina Silva (Meio Ambiente) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), além de representantes de movimentos sociais. Durante o evento, os ministros destacaram a importância da tributação dos mais ricos como uma ferramenta essencial para promover justiça social e econômica.

 

A discussão sobre a taxação dos super-ricos tem sido um dos temas centrais nas reuniões preparatórias para o encontro de chefes de Estado, agendado para novembro. Em julho, o G20 havia manifestado seu compromisso em colaborar para garantir uma tributação efetiva dos super-ricos, respeitando a soberania tributária de cada país. O comunicado também sublinhou a importância de assegurar que os super-ricos contribuam de forma justa.

 

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) expressou satisfação com a inclusão da proposta no comunicado do G20, considerando a declaração sobre tributação internacional uma "conquista moral". Haddad destacou que a taxação dos super-ricos é crucial para enfrentar a pobreza global e promover uma transição ecológica justa.

 

Marina Silva, por sua vez, enfatizou a necessidade de taxar os super-ricos para financiar a transição ecológica e ajudar países em desenvolvimento. "Se retirarmos 2% dos dividendos dos super-ricos, isso poderia gerar um fundo de aproximadamente US$ 200 bilhões, suficiente para apoiar a transição ecológica global e enfrentar desafios climáticos", afirmou.

 

Márcio Macêdo, coordenador do G20 Social, apontou que a taxação dos super-ricos tem sido um tema predominante nas discussões. "Apenas 1% da população mundial controla recursos que poderiam alimentar 350 milhões de pessoas famintas. Esse é um ponto crucial nos debates", destacou.

 

Wellington Dias mencionou que o governo brasileiro está dialogando sobre a tributação dos super-ricos com diversos países e blocos internacionais, incluindo países da Ásia, União Africana, Liga Árabe e União Europeia. "Queremos que os países mais ricos contribuam com os países em desenvolvimento para reduzir a fome e a pobreza até 2030", afirmou Dias.

 

O encontro preparatório reafirma o compromisso do governo brasileiro com a promoção de políticas fiscais mais justas e a luta contra as desigualdades globais.



FONTE: AGÊNCIA BRASIL.




 

 

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