IBGE aponta que população de Pernambuco começará a encolher em 2038 .
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou em suas mais recentes projeções que a população de Pernambuco atingirá seu pico de 9.715.428 habitantes em 2038, e começará a diminuir a partir de então, alcançando 8.619.955 habitantes até 2070. Esse fenômeno ocorrerá antes do previsto para a população brasileira como um todo, que deverá atingir seu máximo em 2041 e iniciar um declínio a partir de 2042.
A análise do IBGE se baseia em uma vasta gama de dados, incluindo os três censos demográficos mais recentes (2000, 2010 e 2022), estatísticas de registros civis, e informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), do Ministério da Saúde. Esses dados possibilitam um acompanhamento detalhado dos padrões demográficos ao longo do tempo.
Queda nos nascimentos e na taxa de mortalidade infantil
Entre 2000 e 2023, a taxa de fecundidade em Pernambuco caiu de 2,5 para 1,6 filhos por mulher. O número anual de nascimentos também diminuiu, passando de 180.593 em 2000 para 116.343 em 2023, com uma previsão de redução para 63.322 nascimentos em 2070. A taxa de mortalidade infantil no estado também recuou significativamente, de 42 para 12,9 óbitos por mil nascidos vivos no mesmo período.
Aumento da expectativa de vida e envelhecimento populacional
A expectativa de vida ao nascer em Pernambuco aumentou de 68,3 anos em 2000 para 75,3 anos em 2023. O estado está experimentando um envelhecimento demográfico crescente: a proporção de idosos (60 anos ou mais) subiu de 15,1% para 22,5% da população entre 2000 e 2023. A idade média da população pernambucana também avançou de 27,8 anos em 2000 para 34,7 anos em 2023, e deve chegar a 48,7 anos até 2070.
O índice de envelhecimento, que compara a proporção de idosos com a de crianças (0 a 14 anos), estava em 68,9 em 2023 e deve atingir 325,7 em 2070, refletindo um aumento significativo na população idosa em relação à faixa etária mais jovem.
Essas projeções são fundamentais para orientar políticas públicas nas esferas federal, estadual e municipal e para a atualização das amostras de pesquisas domiciliares realizadas pelo IBGE, como a PNAD Contínua, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).
FONTE: G1 PERNAMBUCO.