Materiais apreendidos na Operação Escamotagem / Foto: Divulgação.
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou hoje a segunda fase da Operação Escamotagem, cumprindo 13 mandados de busca e apreensão, além de ordens de bloqueio judicial de ativos financeiros. A operação visa desmantelar um esquema criminoso que teria desviado 500 mil pares de luvas descartáveis de hospitais públicos durante a pandemia de Covid-19.
Os desvios, que ocorreram em 2021, envolveriam servidores da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) que forjaram compras de luvas e venderam o material para distribuidoras farmacêuticas e um hospital privado no Recife. De acordo com a Polícia Civil, o prejuízo estimado para o Estado é de R$ 500 mil, enquanto o grupo envolvido teria obtido um lucro aproximado de R$ 370 mil.
As investigações, iniciadas em 2022, já levaram à emissão de nove mandados de busca e apreensão na primeira etapa da operação. Seis servidores, incluindo três efetivos e três comissionados, foram identificados e exonerados pela própria Secretaria de Saúde.
Esta semana, um dos ex-servidores foi detido em flagrante por porte ilegal de munição de arma de fogo. No total, 20 pessoas estão sendo investigadas, mas a polícia ainda não revelou os nomes dos envolvidos nem das distribuidoras e da unidade de saúde envolvidas.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Recife, Paudalho, Pesqueira e São José da Coroa Grande. Durante a operação, foram apreendidos celulares, carros de luxo, dinheiro, documentos e um cofre. Os crimes sob investigação incluem lavagem de dinheiro e peculato, este último referente ao desvio de bens públicos por funcionários. Até o momento, ninguém foi preso.
O delegado Breno Maia, responsável pelo caso, detalhou que um dos investigados alegou motivos específicos para a compra dos materiais desviados, mas os detalhes exatos não foram divulgados.
FONTE: JC NE10.