Empresária, advogada e influenciadora digital foi presa em Recife / Foto: Getty.
A empresária, advogada e
influenciadora digital Deolane Bezerra é uma das pessoas presas em uma operação
contra jogos ilegais e lavagem de dinheiro no Recife e quatro estados. A mãe
dela, Solange Alves, também foi detida.
A informação foi confirmada pela irmã de Deolane, Dayanne Bezerra,
em postagem das redes sociais. A prisão ocorreu no bairro de Boa Viagem, Zona
Sul da cidade, mas a suspeita foi encaminhada para o Departamento de Repressão
aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste.
Ao todo, estão sendo cumpridos
19 mandados de prisão, 24 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro
de bens, como joias, carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Além do
Recife, a ação acontece também em Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel e
Curitiba (PR) e Goiânia (GO).
Para além dos mandados, a polícia realiza o bloqueio judicial de ativos financeiros no valor de R$ 2,196 bilhões. Também são cumpridas outras medidas cautelares, como entrega de passaporte, suspensão do porte e cancelamento do registro de arma de fogo.
Operação
A investigação foi iniciada em abril de 2023 e contou com o apoio da Secretaria
Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da
Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Na execução, atuam 170
policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A operação está sob a
presidência do delegado Paulo Gondim.
Alvo de outra investigação
Deolane Bezerra foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil de São Paulo, em 2022. À época, ela era suspeita de ter ligação com a Betzord, empresa e apostas esportivas na internet. A corporação era investigada por "crime contra a economia popular e associação criminosa". A mesma operação também investigava o comediante Tirulipa.
Na época, Deolane chegou sugerir que era alvo de "perseguição política" após a polícia apreender carro e joias em seu nome. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela afirmou que, por apoiar o então pré-candidato a presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a investigação era uma tentativa de boicote de marcas por ter se posicionado politicamente.
"Gente do céu, acabei de descer do avião e meu celular está estourado. Vou ver tudo que estão falando a meu respeito mais uma vez. É, Brasil, é sobre isso. Ter opinião política, ser verdadeira e trabalhar honestamente muitas vezes gera isso, né? Mas vamos para mais um processo", afirmou Deolane, na ocasião.
FONTE: FOLHA PE.