Publicada em 13/09/2024 às 13h00.
Ministras estão ao lado de Anielle, diz Tebet, sobre caso Silvio Almeida
A investigação contra Carlos foi aberta após reportagem revelar em 2019 a existência de uma "funcionária fantasma" no gabinete do vereador

Candidato a vereador do RJ, Carlos Bolsonaro (PL) / Foto: Agência Brasil.  


 Acusado de liderar um esquema de "rachadinha" no gabinete de Carlos Bolsonaro (PL), o chefe de gabinete do vereador, Jorge Fernandes, pagou dois boletos em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.


Relatório da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MP-RJ afirma que Fernandes também quitou boletos em nome de Carlos de 2012 a 2019.


As informações integram a investigação conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro que culminaram na denúncia contra Fernandes. A apuração contra Carlos foi arquivada sob alegação de que não houve provas de crime contra o filho do ex-presidente.


Os dados do relatório foram divulgados pelo ICL Notícias em julho e confirmados pela Folha após o oferecimento da denúncia contra Fernandes.


A reportagem não conseguiu contato com Fernandes ou seu advogado. Em depoimento ao MP-RJ, ele disse que nunca pagou boletos em nome de outras pessoas.


Em nota, o filho do ex-presidente disse receber com tranquilidade a informação sobre o arquivamento. Declarou também indignação com a denúncia contra integrantes de seu gabinete.


"Confio em todos os meus funcionários e tenho absoluta certeza de que todos os envolvidos demonstrarão a fragilidade da acusação e suas inocências", disse.


A reportagem procurou a defesa de Bolsonaro, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.


O relatório do MP-RJ afirma que Fernandes quitou um boleto de Bolsonaro no valor de R$ 2.319,42 em abril de 2018. Ele também pagou uma multa de trânsito em nome de Michelle no valor de R$ 311,48 em abril de 2019, quando ela já era primeira-dama.


Além dos pagamentos de boletos do casal, o relatório também aponta que Fernandes quitou 19 boletos de Carlos entre 2012 e 2019, no valor de R$ 23,4 mil.

A investigação contra Carlos foi aberta após a Folha revelar em 2019 a existência de uma "funcionária fantasma" no gabinete do vereador.


A Justiça autorizou em maio de 2021 a quebra de sigilo bancário de 25 servidores ou ex-servidores da Câmara, e de cinco empresas, para apurar a prática de "rachadinha". Uma das suspeitas era o uso de dinheiro vivo para dificultar o rastreamento do esquema.


Como a Folha mostrou em maio, laudo feito pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público indicava uma movimentação financeira que dificultava as investigações.


Segundo o documento, Carlos sacou R$ 1,98 milhão de sua conta entre 2005 e 2021. O valor corresponde a 87% do total recebido em salário da Câmara Municipal no período.


A prática é distinta da do irmão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que não sacou metade da remuneração recebida na Assembleia Legislativa entre 2007 e 2018.


O baixo volume de retiradas de Flávio junto com o constante uso de recursos em espécie foi uma das evidências usadas na denúncia contra o senador, em ação depois arquivada em razão da anulação das provas.


A movimentação de Carlos dava lastro para pagamentos em dinheiro vivo em patamar semelhante. Os investigadores precisariam de provas mais claras de que a origem de um gasto em espécie é um eventual esquema de "rachadinha", e não os saques realizados pelo próprio vereador.



FONTE: NOTÍCIAS AO MINUTO.




Os comentários abaixo não representam a opinião do Portal Nova Mais. A responsabilidade é do autor da mensagem.
TODOS OS COMENTÁRIOS (0)



Login pelo facebook
Postar
 
Curiosidades
Policia
Pernambuco
Fofoca
Política
Esportes
Brasil e Mundo
Tecnologia
 
Nova + © 2024
Desenvolvido por RODRIGOTI