Publicada em 02/12/2015 às 10h39.
Pernambucanas entre vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura 2015
Romances “Santa Tereza” e “Enquanto Deus não Está Olhando” foram escolhidos nas categorias de autor estreante. Prêmio foi entregue nessa segunda.

Duas escritoras pernambucanas se destacaram no Prêmio São Paulo de Literatura 2015, que teve o resultado divulgado na noite da última segunda-feira. Micheliny Verunschk foi a vencedora na categoria autor estreante com mais de 40 anos, com o romance: “Nossa Teresa - Vida e Morte de uma Santa Suicida” (Patuá), enquanto Débora Ferraz ganhou na categoria autor estreante com menos de 40 anos, com “Enquanto Deus Não Está Olhando” (Record). Cada uma receberá um prêmio de R$ 100 mil. O grande vencedor foi Estevão Azevedo, que conquistou o Prêmio São Paulo de Literatura o Melhor Livro do Ano com o livro “Tempo de Espalhar Pedras” (Cosac Naify) - o escritor potiguar ganhará R$ 200 mil. 

 

Micheliny começa seu romance com uma imagem poderosa, que parece seduzir pelo que insinua através do mistério: uma menina morta, no chão; o sangue em volta; a mãe, o pai, assombrados, em silêncio: como estátuas. A autora escreve sobre um suicídio em um núcleo familiar e religioso, abordando um panorama de fé e afetos. A autora, que inclui em sua trajetória literária os livros de poesia “B de Bruxa: Bonnus bonnificarum” e “Geografia Íntima do Deserto”, apresenta neste seu romance de estreia a herança de um certo lirismo poético: imagens, metáforas e palavras que carregam sentimentos e sugestões.

 

Já Débora, natural de Serra Talhada, narra em “Enquanto Deus Não Está Olhando” a história de Érica, uma jovem pintora que se relaciona com o desaparecimento do pai e as consequências desse fato em sua vida pessoal e profissional. A autora apresenta uma narrativa fragmentada, em que o cotidiano se confunde com a memória, alternando entre presente, passado e sonhos. O autor potiguar Estevão Azevedo apresenta, em “Tempo de Espalhar Pedras”, uma história composta por diversas tramas que se passam em um vilarejo que parece progressivamente destruído pela ação de homens que, cegos pelo desespero e cobiça, buscam a sobrevivência e a fortuna.

 

JÚRI

 

Os responsáveis pela definição dos vencedores foram: Francisco Foot Hardman, historiador e professor da Unicamp; Jiro Takahashi, professor do Centro Universitário Ibero-Americano; Maria Fernanda de Carvalho Rodrigues, repórter e colunista de literatura do jornal O Estado de S. Paulo; Rogério Pereira, do jornal Rascunho, de Curitiba; e Sylvia de Albernaz Machado do Carmo Guimarães, co-fundadora da ONG Vaga Lume.

 

FONTE: Folha PE.

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