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A Polícia Federal afirmou
nesta quarta-feira (29) que houve uma redução de 30% em autorizações de porte
de armas de fogo para uso pessoal em 2024, segundo ano do governo Lula (PT).
Em 2023, a corporação
contabilizou 2.469 liberações de porte de arma para uso pessoal, enquanto foram
registradas apenas 1.727 no ano passado.
Na avaliação do governo, a
redução é reflexo do decreto assinado por Lula em 2023, ainda sob a gestão do
então ministro Flávio Dino, hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal),
que restringiu o acesso de pessoas comuns a armas.
"O atual governo tem uma
política de desarmar a população, ou seja, de não só dificultar o registro [de
armas], mas também o porte para o cidadão", disse o ministro da Justiça,
Ricardo Lewandowski, após a apresentação dos números do biênio 2023-2024 pela
PF.
Os registros de novas armas
caíram também no período, de 28.402 (2023) para 25.907 (2024), o que
representou uma redução de 11,6%.
Na gestão do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL), pessoas que possuíam porte ou posse podiam comprar até
quatro armas de uso permitido, sem obrigatoriedade de comprovação de efetiva
necessidade.
Sob Lula, as pessoas estão
autorizadas a comprar até duas armas e adquirir 50 munições por armamento por
ano. Tudo isso desde que seja apresentada a comprovação de efetiva necessidade.
Apesar do efeito positivo da
nova legislação, a PF não conseguiu assumir, conforme o decreto, o controle e a
fiscalização dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) -seria a partir
de 1º de janeiro deste ano. Até o momento, segue sendo realizada pelo Exército.
O diretor-geral da PF, Andrei
Rodrigues, solicitou ao Ministério da Justiça a prorrogação do prazo, que
atendeu e repassou ao Ministério da Defesa, a quem o Exército é subordinado.
Segundo dados da PF, as
operações policiais ao longo de 2024 resultaram em um prejuízo de R$ 5,6
bilhões ao crime organizado.
O combate aos crimes
ambientais também recebeu destaque no balanço. Segundo a corporação, foram
instaurados 5.690 inquéritos policiais sobre o tema e teve 1.322 pessoas
indiciadas.
Durante a coletiva, o diretor
da PF reforçou que os dados refletem os números reais do que foi apreendido. No
fim de 2023, a cúpula da corporação criou um grupo de trabalho para revisar
todos os dados de apreensões dos últimos anos, após suspeitas de que
informações foram "turbinadas" durante o governo Bolsonaro.
Os policiais federais
colocaram em sigilo os dados de apreensões de drogas que, segundo eles, também
apresentavam inconsistências. Nesta quarta (29), a corporação divulgou os dados
de apreensões de entorpecentes de 2023 e 2024.
Cocaína 2023: 72,5 toneladas
2024: 74,5 toneladas
Maconha 2023: 416,3 toneladas
2024: 479,1 toneladas
Plantações de maconha 2023:
418.520 pés
2024: 737.950 pés
Ecstasy 2023: 504.119 unidades
2024: 607.886 unidades
FONTE: NOTÍCIAS AO MINUTO.