Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes / Foto: Getty.
O ministro Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes encaminhou neste sábado (8), à
Procuradoria-Geral da República as defesas do ex-presidente da República Jair
Bolsonaro e de outros acusados em investigação sobre tentativa de golpe de
Estado.
Ao todo, foram cinco denúncias
contra 34 pessoas. Entre outros crimes apontados estão a tentativa de abolição
violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Os advogados dos acusados
negam a participação dos investigados no planejamento e atos preparatórios de
um eventual golpe.
O Supremo pede que a PGR
avalie os argumentos das defesas e emita seu parecer em cinco dias úteis, com
base na Lei 8.038/90. O prazo começa a contar na segunda-feira, 10, e termina
na sexta-feira (14).
Terminou na última
quinta-feira o prazo para Bolsonaro e os demais denunciados enviarem suas
defesas prévias ao Supremo Tribunal Federal (STF). As defesas montaram
forças-tarefa para analisar os autos e preparar sua argumentação.
Em entrevista ao Estadão, logo
após a denúncia do procurador-geral, Paulo Gonet, chegar ao STF, os advogados
de defesa afirmaram que a tese da acusação "não faz qualquer
sentido". Um dos argumentos da defesa do ex-presidente é o de que, se ele
quisesse dar um golpe, Bolsonaro poderia ter trocado os comandantes das Forças
Armadas para obter apoio dos militares
O ministro Moraes compartilhou
com todos os 34 denunciados provas de investigações sigilosas que têm relação
com as denúncias.
São investigações que envolvem o aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o uso da Polícia Rodoviária Federal para influenciar as eleições de 2022 e os atos do 8 de janeiro.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.