Com um aumento expressivo de casos suspeitos de coqueluche em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) reforça a importância da vacinação como principal forma de prevenção. Entre as semanas epidemiológicas 01 a 10 de 2025, foram notificados 88 casos suspeitos da doença, dos quais 16 foram confirmados, 8 descartados e 64 seguem em investigação. No mesmo período do ano anterior, apenas 10 casos haviam sido notificados.
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda que afeta o sistema respiratório e atinge, principalmente, crianças menores de um ano. Os sintomas incluem febre, mal-estar, congestão nasal e tosse seca persistente, podendo evoluir para complicações graves, como pneumonia e parada respiratória. De acordo com o infectologista Lucas Caheté, o aumento de casos no estado reflete a queda nas coberturas vacinais desde 2016 e a dificuldade no diagnóstico clínico da doença.
A vacinação é a principal medida preventiva. A imunização ocorre com a vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de reforços com a DTP aos 15 meses e aos 4 anos. Gestantes também devem receber a vacina tríplice bacteriana acelular a partir da 20ª semana de gestação, garantindo a proteção do bebê por meio da transferência de anticorpos. Em Pernambuco, a cobertura vacinal atual para a pentavalente é de 87,3%, enquanto o primeiro reforço da DTP alcança 81,5%, números ainda abaixo da meta de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além da vacinação, a SES-PE orienta a população a adotar medidas de prevenção, como a etiqueta respiratória, o distanciamento social em casos de sintomas gripais e a higienização frequente das mãos. As vacinas estão disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).