Publicada em 19/03/2025 às 09h22.
Estudo aponta que vacina contra covid reduz risco cardiovascular em pacientes com câncer
Conclusões encontradas no estudo são inéditas; Redução do risco chegou a 34%

Imagem meramente ilustrativa / Foto: Divulgação.     


 Um estudo publicado na revista científica The Lancet Regional Health apontou que pacientes com câncer vacinados contra a covid-19 aparentam ter menor risco para condições cardiovasculares como tromboses e infarto. A redução do risco chegou até 34%.


O artigo avaliou dados de 2.729 pacientes com diagnóstico para diferentes tipos de cânceres nos Estados Unidos, México e Canadá. Deles, 1.347 tomaram pelo menos duas doses de vacina contra a covid-19, enquanto que o resto não tomou. Todos já foram infectados pelo Sars-CoV-2, vírus que causa a covid-19.


A pesquisa investigou se existia uma associação entre a vacinação e problemas cardiovasculares. As complicações foram divididas em dois grupos: a primeira incluía arritmias, infarto e insuficiências cardíacas e a segunda envolvia eventos cardiovasculares como AVC (Acidente Vascular Cerebral), embolia pulmonar e tromboses.


Os pesquisadores observaram que os imunizados apresentaram menor prevalência de problemas cardíacos. O grupo de pacientes com câncer vacinados teve um risco 34% menor para complicações como arritmias, infarto e insuficiências cardíacas. No casos de AVC, embolia pulmonar e tromboses, a redução foi de 24%.


Estudo traz conclusões inéditas

Essas conclusões encontradas no estudo são inéditas. Antes da pesquisa, os cientistas realizaram uma busca a fim de identificar se existiam pesquisas voltadas para entender a relação da imunização com complicações cardiovasculares em pessoas com câncer. O resultado foi que não havia nenhum artigo desse tipo estudo.


Redução do risco chegou até 34%


O estudo não deixa claro o motivo de as vacinas reduzirem o risco de condições cardiovasculares. Uma das hipóteses para explicar isso é que, por si só, a infecção do Sars-CoV-2 aumenta as chances de complicações cardiovasculares. Isso porque a imunização já diminui consideravelmente a evolução da covid-19 para quadros graves.


“Nossos resultados têm implicações importantes para recomendações de vacinação na população oncológica”, concluíram os pesquisadores no artigo.



FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

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