Ex-vereador foi preso após o crime em Garanhuns / Foto: Divulgação.
O ex-vereador de Tupanatinga, no Agreste de Pernambuco, Luciano de Souza Cavalcanti, virou réu após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) receber a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A denúncia foi feita e aceita na terça-feira (18).
Segundo o TJPE, nas próximas fases do processo, a defesa do ex-vereador tem dez dias para se pronunciar e responder à acusação. Os advogados que representam Luciano informaram ao g1 que aguardam o prazo legal para apresentar resposta a acusação.
O ex-vereador foi preso momentos após o crime, na última quinta (6), e autuado por tentativa de homicídio. Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, sendo recolhido para cadeia pública de Garanhuns, também no Agreste. A arma usada no crime foi apreendida. Ele também teria agredido a mulher de 23 anos antes de baleá-la. A informação consta no depoimento de uma das vítimas, que o g1 teve acesso na terça-feira (11).
A mulher foi
submetida a uma cirurgia no dia 7 de março no Hospital Regional Dom Moura em
Garanhuns e teve alta no último sábado (15). O homem foi indiciado também na
terça-feira (11).
Indícios de que o ex-vereador cometeu crime
Os advogados de Luciano
apresentaram uma versão de que outro homem invadiu o quarto e, em luta
corporal, a arma disparou acidentalmente contra a vítima. A defesa da mulher
baleada emitiu uma nota na última quinta-feira (13) dizendo que a versão
apresentada pelo ex-vereador não é verdadeira.
A versão
apresentada pelo ex-vereador não condiz com as imagens das câmeras de segurança
do motel, que fica localizado às margens da BR-424, e mostram o momento dos
disparos.
"Os elementos de informação colhidos até o momento demonstram a materialidade do crime e indícios suficientes de autoria, imputados ao preso em flagrante Luciano de Souza Cavalcanti, conhecido como Luciano Lolô, ex-vereador de Tupanatinga", diz a nota dos advogados que representam a vítima.
A defesa do ex-vereador também disse que não vai se pronunciar e vai aguardar a conclusão do inquérito da Polícia Civil.
Testemunhas afirmam que houve
agressão
Durante
depoimento, as duas testemunhas afirmaram à polícia que o ex-vereador teria
agredido a mulher antes de atingi-la com aproximadamente cinco tiros na área
externa do motel.
As duas testemunhas também
relataram que se encontraram com Luciano em um bar da cidade. Após passarem
mais de três horas no estabelecimento comercial, as três mulheres e o homem
foram até o motel onde o crime foi registrado.
No quarto, as mulheres disseram que não houve relação sexual com o suspeito, que elas permaneceram no local "apenas ingerindo bebida alcoólica". Uma das testemunhas, afirmou à polícia que o ex-vereador "aparentemente sem motivo" começou a agredir a vítima com tapas.
FONTE: G1 CARUARU.