A representante da União Europeia para a Política Externa, Kaja Kallas, iniciou desde domingo uma visita ao Egito, Israel e Palestina para se reunir com altos representantes israelenses e palestinos para discutir a crise na Faixa de Gaza. A chefe da diplomacia destacou a importância de se chegar a um acordo para um cessar-fogo imediato e garantiu que UE irá fazer tudo para que seja alcançado.
Em Israel, Kalllas irá se com o presidente de Israel, Isaac Herzog, com o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, e com o líder da oposição israelense e ex-premiê, Yair Lapid.
Na Palestina, a reunião será com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, com o primeiro-ministro Mohamed Mustafa e com os chefes das duas missões civis da UE na região do Oriente Médio; a Missão Policial da União Europeia para os Territórios Palestinos (EUPOL COPS) e a Missão de Assistência Fronteiriça da União Europeia na Passagem de Rafah. "A missão proporcionará uma oportunidade para discutir o conflito em Gaza, reiterar a importância do acesso irrestrito e da distribuição sustentada de assistência humanitária em larga escala em Gaza e em toda a região, e exigir o regresso imediato à implementação total do acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns", diz o comunicado do gabinete de Kallas.
Enquanto isso, o governo do Egito, um dos mediadores nas negociações da trégua entre as partes, fez uma nova proposta que visa restaurar o acordo de cessar-fogo em Gaza. Fontes governamentais egípcias revelaram que a proposta, apresentada na semana passada sugere que o Hamas liberte cinco reféns israelenses a cada semana e, paralelamente Tel Aviv começaria a instaurar a segunda fase do acordo de cessar-fogo após a primeira semana.
Já o Conselho de Segurança da ONU realizará na próxima quinta-feira um debate especial sobre os reféns israelenses, anunciou Danny Danon, embaixador de Israel nas Nações Unidas. O ex-refém Eli Sharabi, de 53 anos, que foi libertado em fevereiro como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, ainda discursará aos membros da organização.
Por outro lado, segundo as autoridades médicas de Gaza, nas últimas 24h, as ofensivas israelenses no território mataram pelo menos 65 pessoas. O total de palestinos mortos desde o início do conflito ultrapassou os 50 mil.