O médium e líder espírita Divaldo Pereira Franco, que faleceu aos 98 anos por falência múltipla dos órgãos, será velado nesta quarta-feira (15) no ginásio de esportes da Mansão do Caminho, em Salvador, das 9h às 20h. O momento será aberto ao público, marcando a despedida ao fundador da Obra Social Mansão do Caminho e do Centro Espírita Caminho da Redenção. 

Já o sepultamento acontecerá na quinta-feira (16), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, também na capital baiana. Segundo a assessoria de comunicação da Mansão do Caminho, o enterro de Divaldo será simples e curto, não havendo cortejo em carro aberto e com o caixão fechado, a pedido do líder espírita.

Divaldo Franco enfrentava problemas de saúde desde 2023, e desde novembro do ano passado, lutava contra um câncer na bexiga. Em abril, a Mansão do Caminho havia informado que Divaldo tinha concluído o tratamento e estava em remissão, ainda sentindo dificuldades, mas lúcido. A morte do médium foi confirmada na noite desta terça-feira (13).

Saiba quem foi Divaldo Franco 

Um dos principais líderes religiosos do Brasil, Divaldo Franco era natural de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. Por mais de 70 anos ele se dedicou ao espiritismo, como médium e uma das vozes mais respeitadas na área. Sua trajetória começou a ganhar destaque em 1952, quando fundou a Mansão do Caminho, localizada no bairro de Pau da Lima, em Salvador. A entidade acolhe e educa milhares de crianças que antes viviam em condições de miséria extrema.

Na década de 1960, Divaldo deu início à construção de escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico, transformando a entidade em um complexo educacional. Todo o trabalho é mantido com a venda dos livros mediúnicos e das gravações de palestras, seminários, entrevistas e mensagens do próprio Divaldo.

O médium escreveu mais de 250 livros, muitos deles psicografados a partir de histórias de diversos espíritos. Em 2015, ele ganhou uma biografia assinada pela jornalista Ana Landi. Divaldo Franco não teve filhos biológicos, mas era reconhecido como pai de cerca de 685 pessoas que acolheu e instruiu ao longo dos anos na entidade espírita.