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Após repercussão negativa no mercado financeiro, o governo Lula (PT) recuou parcialmente do decreto que previa aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre remessas ao exterior, anunciado na quinta-feira (22) como parte do esforço para cumprir as metas fiscais. A medida, inicialmente projetada para gerar até R$ 41 bilhões em 2026, foi revista em reunião de emergência na noite de ontem com ministros e técnicos da equipe econômica.
O ponto mais sensível e que foi revogado dizia respeito à cobrança de IOF de 3,5% sobre remessas feitas por fundos de investimento brasileiros para o exterior — operações que, até então, eram isentas. A proposta foi retirada após críticas de gestores e analistas, que alertaram para o impacto negativo sobre a diversificação internacional de portfólios de investidores locais.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a decisão foi tomada após “diálogo e avaliação técnica”. A nota oficial da pasta destaca que remessas de pessoas físicas destinadas a investimentos no exterior continuarão sujeitas à alíquota vigente de 1,1%, sem alterações. Houve também postagem sobre o tema no perfil oficial da pasta no Twitter (antigo X).
A equipe econômica segue, no entanto, com a elevação de IOF sobre outras operações, como a compra de moeda estrangeira em espécie e transferências internacionais para contas de brasileiros, que subirão de 1,1% para 3,5%.
Já as operações com cartões internacionais (crédito, débito ou pré-pago) passarão a ter alíquota de 3,5% — valor acima dos 3,38% atuais, interrompendo a trajetória de redução iniciada em 2022.
As medidas visam a reforçar a arrecadação para garantir o cumprimento das metas fiscais e financiar o congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas previstas para 2025.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.