Pelos próximos 90 dias, Pernambuco estará sob decreto de emergência em saúde pública, diante do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de origem viral, especialmente em crianças. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (28), pelo Governo do Estado, e poderá ser prorrogada. De acordo com a gestão, os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal e pediátrica da rede pública passam por um momento de alta ocupação, o que tem gerado pressão sobre a rede assistencial.
Enquanto o decreto estiver em vigor, ficam autorizadas ações administrativas emergenciais, conforme a legislação vigente. A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) será responsável por coordenar os serviços e ações de saúde pública voltados ao enfrentamento da crise. Neste período, o órgão também poderá estabelecer diretrizes e expedir normas complementares.
Até o último dia 24 de maio, Pernambuco registrou 2.544 casos da síndrome respiratória. Destes, 1.746 (68,7%) ocorreram em crianças de 0 a 14 anos e 798 (31,3%) em pessoas com 15 anos ou mais.
“Diante desse cenário, a decretação da situação de emergência é uma medida necessária para ampliarmos nossa capacidade de resposta. A Secretaria está mobilizada para coordenar todas as ações, em parceria com os municípios, fortalecendo a vigilância, a regulação de leitos e o suporte aos profissionais de saúde que estão na linha de frente”, destacou a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti.
Em 2025, a SES-PE abriu 253 leitos pediátricos desde o início do período sazonal (março a agosto). Houve também reforço nas consultas médicas online, com a realização de cerca de 812 teleconsultas. Os atendimentos aconteceram por meio da Central de Regulação Estadual, agilizando o direcionamento e o manejo adequado dos casos.