Foto: Divulgação.
O ex-presidente Jair Bolsonaro
afirmou ao chegar para a sessão de depoimentos da trama golpista nesta
terça-feira que pretende mostrar vídeos quando for ouvido, caso seja autorizado
pelo ministro Alexandre de Moraes.
"Se eu puder ficar à
vontade, se preparem, vão ser horas" disse Bolsonaro ao chegar à sala da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro carrega um pen drive
e afirmou que, entre os vídeos, há falas do ministro Flávio Dino, do STF, e do
ex-ministro da Previdência Carlos Lupi com falas sobre as urnas eletrônicas.
Na segunda, ele havia afirmado
que não faz preparação pensando na hipótese de ser preso, pois, segundo ele,
não existem motivos para condená-lo.
"Eu não tenho preparação
para nada, não tem por que me condenar. Estou com a consciência tranquila.
Quando falaram o tempo todo, "assinar o decreto...". Não é assinar
decreto, pessoal. Assinar um decreto de (estado de) defesa ou de sítio, o
primeiro passo é convocar os conselhos da República e de Defesa. Não foi
feito" disse Bolsonaro.
O ex-presidente também afirmou
que não tem "problemas" com o tenente-coronel Mauro Cid, que em
depoimento nesta segunda-feira reiterou o conteúdo da sua delação premiada e
disse que Bolsonaro recebeu, leu e fez alterações em uma minuta golpista. O
ex-presidente classificou como "bravata" as falas de seu ex-auxiliar.
"De certa forma, ele
(Jair Bolsonaro) enxugou o documento, retirando as autoridades das prisões.
Somente o senhor (Alexandre de Moraes) ficaria como preso" disse Cid, que
foi cumprimentado por Bolsonaro antes do início da audiência.
Ao ser questionado pelo
ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, Cid disse ainda que Garnier
deixou as tropas da Marinha "à disposição". O tenente-coronel
acrescentou ainda que "presenciou" a trama golpista no governo, mas
negou que tenha participado das ações que estão em julgamento na Corte.
"Eu presenciei grande parte dos fatos, mas não participei deles" disse Cid.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.