A divulgação do Mapa da Segurança Pública 2025 nesta quarta-feira (11), pelo Ministério a Justiça e Segurança Pública, revelou que em 2024 o Brasil registrou aumento nos casos de violência contra a mulher.
Quando comparados com os dados do estudo anterior — referentes à 2023 –, que haviam mostrado uma queda nos índices de feminicídio, o Mapa da Segurança Pública 2025 mostrou uma volta no crescimento dos feminicídios, chegando a maior marca da série histórica, com 1.459 casos em 2024, que equivale a quatro mortes de mulheres por dia. A média me mortes por região do Brasil é de 1,34 a cada 100 mil mulheres. O Centro-Oeste manteve a maior concentração das mortes no país, com 1,87 feminicídios.
Os casos de estupros no Brasil chegaram a 83.114 — a maior taxa dos últimos cinco anos. A média foi de 227 pessoas estupradas por dia, dentre elas sendo 86% do sexo feminino. Rondônia, Roraima e Amapá foram os estados com os maiores índices, registrando respectivamente 87,73, 84,68 e 81,96, a cada 100 mil habitantes.
Assassinatos em 2024
2024
Apesar das altas de feminicídio, 2024 mostrou uma queda no número dos demais tipos de homicídios, com uma redução de 5,5% no total de assassinatos no país. A soma de homicídio doloso, feminicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte passou de 40.768 casos em 2023 para 38.509 em 2024.
Os homicídios dolosos foram responsáveis pela queda no número de assassinatos, tendo uma baixa de 6,3%. Já os latrocínios recuaram 1,6%. Contudo, assim como o feminicídio, as lesões corporais seguidas de morte também subiram (22,9%).
Mortes envolvendo intervenções policiais caíram 4%, tendo sido registradas 6.134 mortes desse tipo no país, contra 6.391 em 2023.
Crimes contra patrimonio
Crimes patrimoniais, que envolvem roubo ou furto de carga, veículos e bancos, também tiveram queda.
Roubo de carga: redução de 13,6%
Furto de veículo: redução de 2,6%
Roubo de veículo: redução de 6%
Roubo a instituição financeira: redução de 22,5%
Apreensão de drogas e armas
O mapa também revelou que apreensões de entorpecentes aumentaram, contando com 1,4 mil toneladas de maconha aprendida em 2024, alta de 10% em relação ao ano anterior — uma média de 3,8 toneladas por dia. Este seria o maior volume dos últimos dois anos, mesmo sem a inclusão dos dados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, que não informaram seus números ao sistema do Ministério da Justiça até a data de consolidação do material.
Em relação a apreensão de armas de fogo, houve uma queda de 2,6%. A arma mais apreendida foi o fuzil, que registrou um crescimento de 43%, passando de 1.365 apreensões, em 2023, para 1.957, em 2024.