Publicada em 18/06/2025 às 09h34.
Justiça determina soltura de policiais do Bope que executaram dois homens em comunidade do Recife
Uma câmera flagrou quando os PMs invadiram uma casa na comunidade do Detran, na Zona Norte do Recife, e recolheram um dos corpos


A Justiça determinou a soltura dos seis policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) envolvidos na execução de dois homens na comunidade do Detran, no bairro da Iputinga, na Zona Norte do Recife, em novembro de 2023. Com a decisão, os réus vão a júri popular pelo crime de homicídio com duas qualificadoras: motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.


As investigações apontam que os policiais Josias Andrade Silva Júnior, Ítalo José de Lucena Souza, Carlos Alberto de Amorim Júnior, Brunno Matteus Berto Lacerda, Lucas de Almeida Freire Albuquerque e Rafael de Alencar Sampaio desviaram o caminho para uma ocorrência em Casa Amarela e invadiram a casa das vítimas.


Uma câmera de segurança flagrou quando os réus arrombaram a porta do imóvel com balaclavas e armas de grosso calibre. Em seguida, eles recolheram um dos corpos para a viatura.


As vítimas foram Bruno Henrique Vicente da Silva, 28, e Rhaldney Fernandes da Silva Caluete, 31. Na versão dos policiais, os dois reagiram a uma abordagem. Contudo, testemunhas rebatem os réus e apontam que Bruno e Rhaldney estavam rendidos no momento da execução.


Os seis policiais estavam presos preventivamente, mas, com a decisão dessa segunda-feira (16), foram liberados e vão aguardar o julgamento em liberdade. Ainda não há data para o júri.


Medidas cautelares

Além da soltura, a juíza Fernanda Moura de Carvalho, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, ordenou o cumprimento de medidas cautelares. Dessa forma, os policiais ficam proibidos de trabalhar nas ruas, devendo ficar no batalhão, sem arma de fogo. Os réus também ficam proibidos de manter contato com testemunhas e parentes das vítimas e devem estar em casa das 18h às 6h, inclusive nas folgas.


A magistrada também autorizou que o Ministério Público realize diligências complementares para a continuidade do processo. Com o deferimento, a promotoria vai buscar novas provas, como imagens internas da UPA da Caxangá e rastreamento de uma terceira viatura envolvida na execução.


O processo na penal seguem em paralelo ao processo administrativo coordenado pela Corregedoria Geral da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS). Até a sentença, os policiais vão continuar recebendo salário.

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