Publicada em 18/06/2016 às 16h03.
Vacinação contra a gripe pode ser antecipada em 2017
Ministério da Saúde estuda adiantar a campanha nacional devido ao aumento de casos de gripe resgistrados neste ano.

Após registrar um aumento de casos de gripe neste ano mais cedo do que período esperado, previsto geralmente para o início do inverno, o Ministério da Saúde estuda antecipar a campanha nacional de vacinação contra a doença em 2017.


Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a pasta também negocia a possibilidade de ampliar o número de vacinas contra a gripe distribuídas na rede pública.


Neste ano, foram distribuídas 54 milhões de doses para serem aplicadas em grupos considerados mais vulneráveis a complicações da gripe. Esse público-alvo é composto por idosos, crianças de seis meses a cinco anos, gestantes e mulheres que deram à luz há até 45 dias, trabalhadores de saúde, povos indígenas, presos, funcionários do sistema prisional e pessoas com doenças crônicas.


'Vamos rever para o ano que vem o número de vacinas e o início da campanha de vacinação', disse nesta sexta-feira (17) durante uma videoconferência com jornalistas. 'A campanha de vacinação tem uma antecedência ao período de incidência. Sabemos que não adianta vacinar as pessoas após o período adequado', informa.


De acordo com Barros, caso obtenha um maior número de doses para 2017, o ministério deve avaliar a possibilidade de estender a faixa etária para a qual a imunização é destinada. 'Vamos avaliar, ao término da incidência neste ano, quais as faixas etárias mais atingidas', afirmou.


Neste ano, a campanha nacional de vacinação começou no dia 30 de abril e terminou em 20 de maio. Em alguns locais, no entanto, a vacinação iniciou cerca de um mês mais cedo, conforme o recebimento das doses enviadas pelo governo federal. A medida foi tomada como forma de tentar conter o aumento de casos de gripe.


Avano do vírus H1N1
Neste ano, o vírus H1N1 tem respondido por até 85% dos casos no país de síndrome respiratória aguda grave por gripe, registrados a partir da internação do paciente na rede de saúde. Desde janeiro até o dia 6 de junho, foram 5.411 casos graves de gripe -deste, 4.582 pelo vírus H1N1.


Também houve 886 mortes relacionadas o vírus, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta. Entre os Estados, São Paulo responde por metade dos casos, com 402 registros, seguido do Rio Grande do Sul (105) e Paraná (72).


O número de mortes neste ano já supera os registros de todo o ano de 2013, ano em que também houve aumento antecipado nos casos de gripe por H1N1. Naquele ano, foram 768 mortes e 3.728 casos graves de gripe A H1N1.


A quantidade de mortes também é a maior desde 2009, ano em que houve pandemia do vírus. Naquele ano, foram 2.069 mortes no Brasil relacionadas ao vírus H1N1 e 50.482 casos de síndrome aguda respiratória grave, quando há agravamento dos sintomas.


Questionado, o ministro evitou comentar os possíveis fatores que explicam o avanço na epidemia neste ano. Segundo ele, assim como o Brasil, outros países também tiveram um aumento antecipado dos casos de gripe, o que reforça a necessidade de avaliar a antecipação da campanha de vacinação no próximo ano.


Folha PE

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