Publicada em 28/06/2016 às 08h46.
Especialista diz que procedimento de perícia deve durar três horas
George Sanguinetti afirmou que o procedimento da perícia sobre a causa do falecimento de Morato requer bastante cautela.

Conhecido como o perito que contestou o laudo da morte do empresário Paulo César Farias – ex-tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor, assassinado na década de 90, George Sanguinetti afirmou que o procedimento da perícia sobre a causa do falecimento de Paulo César Morato – empresário investigado pela Operação Turbulência -, requer bastante cautela. Em entrevista, ele comentou que o trabalho de análise do corpo requer, no mínimo, três horas. Segundo a reportagem  apurou a perícia ficou no local, onde foi encontrado o corpo de Morato, por cerca de 40 minutos.


“Estou falando de bom senso. Não me venha dizer que, num caso desses, bastante estranho, nas circunstâncias que aconteceu que, “ah, dizem que é suicídio”. Mas cadê a carta? Não se mata nenhuma morte”, afirmou Sanguinetti.


O corpo de César Morato foi encontrado no dia 22 deste mês no motel Tititi, em Olinda. De acordo com relatório do perito Papiloscopista, Lauro José Macena, em que a Folha de Pernambuco teve acesso, a perícia chegou às 21h59. A reportagem esteve presente no local e constatou que a equipe técnica saiu por volta das 22h40.


Em um trecho do relatório é dito que o corpo já havia sido manipulado pela equipe de Delegacia da área. “Estava preparado para ser removido pela equipe do IML (…) Fomos informados de que a Polícia Federal já estivera no local e teria revistado a cena do crime”.


E ainda: “A Perita Criminal Vanja Coelho solicitou que o corpo fosse desensacado e que o NIC fosse retirado do corpo. Em seguida, foram iniciadas as Perícias Papiloscópica e Criminal”.


De acordo com Sanguinetti, um trabalho investigativo não se faz em um curto espaço de tempo “Ele realmente estava com um problema sério jurídico, seja ele qual for, mas também tem pessoas interessados no seu silêncio. Tem que haver cuidado na perícia no local. Um trabalho investigativo não se faz em 40 minutos”, afirmou Sanguinetti.


“Tenho 40 anos de profissão. Não me dê um trabalho sério em 40 minutos. É um caso muito sério. Tem que observar. Tem que fazer um levantamento fotográfico; o banheiro (precisa ser analisado); o primeiro contato; a papiloscopia; são as coisas em relação ao cadáver, os objetos, para dar credibilidade”, relatou o Sanguinetti.


Em coletiva realizada nesta segunda (27), a perita Vanja Coelho relatou que a suíte do motel havia sido liberada na quinta (23), um dia após a retirada do corpo de César Barreto. No entanto, o relatório de Lauro José Macena sugere que o local fosse isolado.


“Informei verbalmente, a delegada Gleide Ângelo e a Perita Criminal Vanja Coelho que seja necessário isolar o local, para que posteriormente fosse realizada a continuação da Perícia Papiloscópida. Da mesma forma, o sócio proprietário do estabelecimento, o senhor José Luiz dos Santos, foi informado”.


Folha PE

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