Uma cidade livre de preconceitos, com liberdade para se amar a quem quiser. Esse foi o pedido do movimento Recife Livre e de outras entidades, que espalharam bandeiras com as cores do arco-íris pela capital pernambucana nesta terça-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis).
Uma das idealizadoras do projeto é Débora Fontes, integrante do Recife Livre , que explica ser a ação uma forma de colorir a cidade e reivindicar direitos. “O Recife Livre é uma ideia que busca uma cidade em que a gente possa ser livre para escolher quem a gente quer namorar, quem a gente quer gostar. Aproveitamos a data para colorir a cidade e nada melhor para representar o movimento como as bandeiras do arco-íris”, explica.
Os movimento promovem também uma vigília por volta das 18h30 em frente à Boate Metrópole, no bairro da Boa Vista, em memória das vítimas do atentado à boate gay em Orlando, nos EUA, no último dia 12 de junho. No local, um atirador abriu fogo e deixou 50 mortos e outras 53 pessoas feridas.
Paralelamente ao ato, outra vigília em homenagem aos mortos no massacre dos EUA deve acontecer a partir das 14h, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A partir das 16h, os integrantes da manifestação pretendem sair em caminhada pela Rua da Aurora.
Data
O Dia Internacional do Orgulho LGBTT remete à primeira Parada da Diversidade, realizada no dia 28 de junho de 1970, em Nova York, nos Estados Unidos. Na época, a homossexualidade era considerada crime pela legislação norte-americana.
Exatamente um ano antes da marcha, a polícia fez uma ação para interditar o bar Stonewall Inn, bastante frequentado por esse público. Nesse dia, houve uma forte resistência à investida, e os homossexuais denunciavam ser alvos constantes de espancamentos e extorsões por parte da polícia da época.