Publicada em 05/12/2015 às 11h17.
Gleide Ângelo é promovida. Relembre principais crimes elucidados
Delegada soube que foi promovida pela SDS nesta sexta-feira (4)

Responsável por elucidar alguns dos principais assassinatos registrados em Pernambuco nos últimos cinco anos, Gleide Ângelo foi promovida ao cargo de delegada especial. O reconhecimento da Secretaria de Defesa Social (SDS) foi concedido pelo importante trabalho exercido pela profissional no combate à violência. Atualmente, Gleide é a titular da 9ª Delegacia de Homicídios em Olinda.

“Hoje, tive a notícia que cheguei ao cargo de delegado nível especial. É muito gratificante saber que estou conseguindo chegar ao final da carreira de delegado com dignidade. Muito me honra trilhar essa carreira e saber que daqui a quatro anos estou saindo com a consciência do dever cumprido”, declarou a profissional, em sua página pessoal no Facebook.

Atualmente, Gleide assina a coluna semanal “A mulher e a Lei”, onde aborda a questão da segurança para o público feminino.

Relembre cinco casos de repercussão em que a atuação de Gleide Ângelo foi fundamental para solucioná-los:

 

1 – Caso Jennifer

Jennifer Kloker foi assassinada em 2010, em São Lourenço da Mata. Sogra foi mentora do crime. Crédito: Arquivo PessoalJennifer Kloker foi assassinada em 2010, em São Lourenço da Mata. Sogra foi mentora do crime. Crédito: Arquivo Pessoal

A turista alemã Jennifer Kloker, 22 anos, foi assassinada a tiros em 16 de fevereiro de 2010, às margens da BR-408, em São Lourenço da Mata. Inicialmente, os sogros e o marido afirmaram à polícia que se tratava de um latrocínio (assalto seguido de morte). Na versão dos parentes, que vieram ao Recife passar o Carnaval, bandidos roubaram o carro locado por eles e levaram Jennifer, encontrada morta no dia seguinte. Mas o GPS do carro apontou um itinerário completamente diferente daquele informado pela família, o que levantou suspeitas dos delegados Gleide Ângelo e Alfredo Jorge. A primeira prova, revelada com exclusividade pelo Jornal do Commercio, revelou o plano do assassinato da alemã. A sogra, Delma Freire, foi apontada como mentora do crime, que ainda teve a participação do sogro da vítima, Ferdinando Tonelli, e do marido, Pablo Tonelli. A motivação do homicídio foi um seguro de vida avaliado em R$ 2 milhões em nome da vítima. Todos foram condenados pela Justiça.

 

2 – Caso Lucas Kauã

Garoto, morador do Recife, passou quase dois meses desaparecido.  Crédito: Priscilla Buhr/JC ImagemGaroto, morador do Recife, passou quase dois meses desaparecido. Crédito: Priscilla Buhr/JC Imagem

Em 4 de setembro de 2010, Lucas Kauã, de oito anos, foi sequestrado por um taxista após entrar no carro dele com a promessa de ganhar uma bicicleta. O caso aconteceu na comunidade do Coque, na Ilha de Joana Bezerra, área central do Recife. O menino havia sido visto pela última vez na Estação de Metrô Joana Bezerra. A família, em desespero, pediu apoio à Secretaria de Defesa Social, que designou a delegada Gleide Ângelo para assumir as investigações. Após 53 dias de sofrimento dos pais, o garoto foi encontrado em Goiana, na Mata Norte, depois de o acusado do sequestro entregá-lo a um caminhoneiro. Segundo a polícia, cinco dias após a criança ser levada, ela passou a morar em Cabedelo, na Paraíba, onde era forçada a trabalhar como catadora de lixo.

 

3 – Caso Élio Meneses

Élio Meneses Pacheco, professor da UFPE, foi vítima de latrocínio praticado por funcionário. Crédito: Arquivo PessoalÉlio Meneses Pacheco, professor da UFPE, foi vítima de latrocínio praticado por funcionário. Crédito: Arquivo Pessoal

Chefe do Departamento de Eletrônica e Sistemas da UFPE, o professor Élio Meneses Pacheco, de 47 anos, foi encontrado morto no bairro da Muribeca, Jaboatão dos Guararapes, em março de 2011. Havia uma marca de tiro na cabeça. Somente nove dias depois, após denúncias de que o professor estava desaparecido, o corpo identificado pela polícia no Instituto de Medicina Legal (IML). E, poucos dias Gleide Ângelo conseguiu desvendar o mistério daquela morte. O piscineiro Mário Pereira dos Santos foi preso após denúncias anônimas. Segundo a polícia, o professor conheceu o suspeito porque estava procurando uma casa com piscina para comprar no bairro do Cordeiro. Élio foi morto durante um dos encontros e os suspeitos foram até o apartamento dele, onde roubaram a mala e vários pertences. Um adolescente também participou do crime.

 

4 – Caso Lucas Fortuna

 

Jornalista goiano foi encontrado morto na Praia de Calhetas. Delegada descobriu que ele foi vítima de latrocínio. Crédito: Arquivo PessoalJornalista goiano foi encontrado morto na Praia de Calhetas. Delegada descobriu que ele foi vítima de latrocínio. Crédito: Arquivo Pessoal

O jornalista alagoano Lucas Cardoso Fortuna, 28 anos, foi encontrado morto na Praia de Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho, em novembro de 2012. A vítima veio a Pernambuco para participar de uma competição de vôlei como árbitro. Inicialmente, a polícia acreditava que se tratava de um crime de homofobia, pois o jornalista era homossexual. Ao longo das investigações, foi descoberto que suspeitos atraíram o jovem para um local de pouca movimentação, onde ele foi assaltado e morto em seguida. Os suspeitos Felipe Maurício da Silva Livino e Leonardo Manoel da Silva foram presos pelo crime. Ambos foram condenados pela Justiça neste ano.

 

5 – Caso Maria Alice

 

Estudante foi sequestrada, estuprada e assassinada pelo padrasto em junho deste ano. Crédito: Facebook/ReproduçãoEstudante foi sequestrada, estuprada e assassinada pelo padrasto em junho deste ano. Crédito: Facebook/Reprodução

A estudante Maria Alice de Arruda Seabra, 19 anos, foi sequestrada e morta pelo padrasto, o mestre de obras Gildo da Silva Xavier, 34 anos, em junho deste ano. Segundo o inquérito policial, o assassinato foi premeditado e provocado por ciúmes e pelo desejo que o acusado tinha pela jovem, com quem conviveu por cerca de 15 anos. O sequestro aconteceu em 19 de junho, quando ele disse que iria levar a jovem para uma entrevista de emprego em Gravatá, no Agreste pernambucano. Cinco dias depois, a vítima foi encontrada morta em um canavial em Itapissuma. Uma das mãos estava decepada. Gildo Xavier foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, sem chance de defesa e feminicídio), sequestro qualificado (para fins sexuais), estupro e ocultação de cadáver.

 

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