Publicada em 06/12/2015 às 13h34.
Aedes aegypti: Um mosquito, três doenças e todos no combate
Tudo o que há para saber sobre o Aedes aegypti

Governos, instituições e a população vêm se mobilizando para combater o avanço do Aedes aegypti, mas ainda há muito o que fazer. A falta de estrutura das cidades, que não atendem plenamente demandas como saneamento e coleta de lixo, é um dos desafios. Dentro de casa, os cuidados vão das recomendações para tampar recipientes que podem acumular água à proteção com repelentes, mosquiteiros e telas. Mas, bem além das medidas que cada um tem que tomar, a preocupação é macro. O mundo está em alerta sobre o zika vírus, associado a casos recentes de microcefalia e outros danos neurológicos, como a Síndrome de Guillain-Barré. Casos de dengue e da febre chikungunya também preocupam. E a gravidez? É a hora certa? Com histórias de quem já teve ou teme ter uma dessas doenças e por meio de opiniões de especialistas, a Folha de Pernambuco esclarece, hoje, o que é mito ou verdade sobre o assunto.


Zika, dengue e chikungunya. Além dos sintomas, outra semelhança: o Aedes aegypti como vetor. As doenças confundiram brasileiros, médicos ou leigos, a partir do fim de 2014. Pessoas com manchas na pele - os exantemas -, coceira, febre baixa e dor articular não paravam de chegar às emergências. Enquanto esforços ocorriam para obter certeza nos novos diagnósticos, o mosquito permanecia proliferando. Encontrou guarida em residências, que detêm 80% dos focos, e em espaços públicos negligenciados, como praças, túneis, obras inacabadas. O resultado não poderia ser outro. Nos últimos 12 meses, mais da metade dos municípios do Estado tiveram risco de surto ou alerta por conta de índices altos de infestação. As responsabilidades não são em maior medida de um ou de outro, tampouco mais ou menos importantes. Os esforços devem partir de todos.


A falta de planejamento urbanístico é um dos desafios. Por isso, ações estruturais e não estruturais devem estar na agenda dos governos, segundo o professor da pós-graduação em Saúde Ambiental da Faculdade dos Guararapes, Luiz Cometti. “É preciso desenvolver a população intelectualmente para que ela se mobilize assim como promover o saneamento básico”, diz. Nos municípios, a última semana foi de anúncios de ações para combater o mosquito. Jaboatão dos Guararapes, por exemplo, espera ver aprovado, na Câmara, um projeto de lei que regulamenta a entrada forçada em imóveis fechados, abandonados ou cujos donos impedirem o acesso de agentes de controle de endemias. Cogita-se até o apoio de efetivo policial.


No Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca, mutirões com a participação de efetivo e estrutura de várias secretarias estão sendo agendados. Em Paulista, também tem havido reforço mediante o aumento de dez para 60 no quantitativo mensal de denúncias da população. Já no Recife, as ofensivas começaram pela Cohab, bairro da Zona Sul, que concentra 2.781 notificações de dengue, o maior número na Cidade, mas não há previsão de ações mais enérgicas, como a aplicação de multas.


“Situações em que há qualquer dificuldade dos agentes de saúde ambiental e controle de endemias estão sendo mapeadas”, explica o gerente de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses da Capital, Jurandir Almeida. Conforme o representante, os 600 agentes que atuam na Cidade fazem uma cobertura de 100% e estão atentos às áreas públicas.

 

FolhadePe

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