A Polícia Federal explicou detalhes da Operação Pulso, ocorrida nesta quarta-feira (9), que investiga irregularidades nos processo de licitação e desvio de dinheiro na Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras). Durante coletiva de imprensa foi relatado que existem indícios de fraudes, desvio de verba pública, inclusive para campanhas políticas, questão de direcionamento de licitação, sobrepreços e superfaturamentos.
Também está sendo investigado o superfaturamento do gerenciamento da obra e o armazenamento inadequado do hemoderivado. O prejuízo, segundo a PF, até o momento, chega a mais de R$ 20 milhões.
Um dos membros da diretoria está sendo investigado pela PF por ter realizado operações financeiras na época das eleições de 2014. O recurso pode ter chegado a assessores de políticos e/ou partidos durante o pleito. “É missão nossa saber de onde veio esse dinheiro. As investigações chegaram a esse ponto depois que indícios chegaram recentemente, bem depois do início das investigações”, explicou o coordenador da operação, o delegado Vagner Menezes.
“A partir de agora as informações já estão sendo compartilhadas com a Justiça Eleitoral e o Tribunal de Contas da União para verificar a legalidade. Se está dentro do padrão do que é permitido”, disse o superintendente da PF, Marcelo Diniz.
Um dos mandados de busca e apreensão foi feito em um dos prédios localizado no Cais de Santa Rita, região Central do Recife. Na chegada do Polícia Federal, um dos moradores acabou jogando maços de dinheiro pela janela. A Polícia Federal não confirmou de qual apartamento foi jogado o dinheiro, mas disse que já tem suspeitas, pois, sacolas parecidas que foram jogadas com a verba foram encontradas em um dos imóveis do investigado.
Além de Pernambuco, estão sendo cumpridos mandados nos estados da Paraíba, Piauí, Minas Gerais e São Paulo. Ao todo, são cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, além de 29 oitavas mediante intimações e dois mandados de prisão temporária, expedidos contra empresários com atuação na empresa pública, inclusive, um lobista com atuação em Pernambuco, Piauí e exterior. Ainda na operação, foi autorizado o afastamento de três integrantes da Hemobras, sendo dois membros da diretoria. Um dos investigados afastados é o diretor-presidente da estatal, Rômulo Maciel Filho.
FONTE: FOLHAPE
