Publicada em 12/12/2015 às 11h47.
Brasil se une à coalizão de países que buscam acordo sobre o clima
O anúncio foi feito pelo ministro de Meio Ambiente das Ilhas Marshall, Tony de Brum, e aplaudido pelas delegações presentes

O Brasil anunciou nesta sexta-feira sua adesão a uma coalizão de uma centena de países ricos e em desenvolvimento que busca um acordo "muito ambicioso contra o aquecimento global", que está sendo negociado na Conferência de Paris (COP21).


O anúncio foi feito pelo ministro de Meio Ambiente das Ilhas Marshall, Tony de Brum, e aplaudido pelas delegações presentes em uma coletiva de imprensa em Le Bourget, ao norte de Paris, onde são realizadas as negociações do clima.


"Bem-vindo, Brasil!", disse De Brum.


"Se quiser enfrentar as mudanças climáticas, é preciso ter ambição e vontade política", disse em um comunicado a ministra brasileira de Meio Ambiente, Izabella Teixeira. "O Brasil apoia com orgulho a Coalizão de Alta Ambição e compromete seu apoio político a este esforço", acrescentou.


O Brasil se identificou nestas negociações sobretudo com potências emergentes, como Índia e China, que resistem às exigências dos países mais vulneráveis de limitar a um máximo de 1,5ºC o aumento das temperaturas globais, por medo que uma redução de emissões de gases de efeito estufa comprometa seu desenvolvimento econômico.


Mas esta oposição o colocou na defensiva diante da pressão que se acentuou com a formação da denominada Coalizão de Alta Ambição, integrada por Estados Unidos, União Europeia, Colômbia e vários Estados insulares do Pacífico, assim como países menos desenvolvidos, considerados entre os mais vulneráveis à mudança climática.


O negociador brasileiro Antonio Marcondes já havia adiantado na quinta-feira que o Brasil estava disposto a flexibilizar sua posição sobre as metas de redução da temperatura global, e havia se mostrado surpreso com o fato de a delegação brasileira não ter sido convidada a se somar ao grupo.


"O Brasil apoia desde a COP de Cancún em 2010 os 2ºC" como limite do aumento de temperaturas, "mas estamos abertos a considerar uma maneira de conciliar os interesses das delegações de muitos países em desenvolvimento, somos conscientes de suas circunstâncias e estamos dispostos a trabalhar com eles para reforçar a meta da temperatura, com uma direção a 1,5ºC", afirmou.


As declarações de ambas as partes se abstêm de informar pontos específicos de ação conjunta.


FONTE: JC

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