Publicada em 14/12/2015 às 09h37.
Protestos para exigir impeachment de Dilma perdem força
Brasileiros foram às ruas sem conseguir reunir apoio maciço que causasse preocupação

Milhares de brasileiros foram às ruas neste domingo (13) pela quarta vez no ano para exigir a destituição da presidente Dilma Rousseff, mas sem conseguir reunir um apoio maciço que causasse preocupação.  Os protestos contra a presidente, alvo de um processo de impeachment no Congresso por maquiar as contas públicas, reuniram cerca de 22 mil pessoas segundo a polícia e 82 mil segundo os organizadores em 39 cidades, informou o portal G1. Ainda faltam os números de São Paulo.


"O tempo está demonstrando a incapacidade da Dilma de governar o país, está levando o país pro buraco. Há elementos para o impeachment, a presidente fez muitas manobras fiscais" ilegais, disse à AFP o engenheiro Adriano de Queiroz, de 36 anos, enquanto protestava em Brasília.


Embora grande parte da população esteja farta da corrupção e o Brasil atravesse a prior recessão econômica em décadas, a inflação supere os 10% e o desemprego esteja aumentando, o protesto deste domingo contra Dilma não reuniu o mesmo número de pessoas das manifestações anteriores, que se acordo com a polícia levaram mais de uma milhão de pessoas às ruas em março e centenas de milhares em abril e agosto.


Os organizadores justificam a fraca participação pela convocação em cima da hora, há 15 dias.  "Esperamos muito menos gente hoje porque nas outras manifestações tivemos dois ou três meses para nos organizarmos. A de hoje é um sinal de que a população está voltando às ruas, que está muito atenta ao processo de impeachment", argumentou Kim Kataguiri, coordenador nacional do Movimento Brasil Livre, em declaração à AFP durante o ato em São Paulo.


"Hoje vamos marcar a data para a próxima manifestação, que será no ano que vem e vai igualar as outras três que já fizemos", garantiu.


"Não vou pagar o pato"

Na Avenida Paulista, em São Paulo, milhares de manifestantes que exigiam a expulsão da ex-guerrilheira esquerdista de 67 anos que tem uma popularidade de 10%, em menos de um ano de seu segundo mandato.


A grande atração do protesto na capital paulista era um pato gigante que há semanas enfeita a entrada da sede da poderosa Federação de Indústrias de São Paulo (Fiesp), acompanhado da legenda "Não vou pagar o pato", e onde todos queriam tirar uma foto.


"Estar aqui hoje é muito importante para que o Brasil se livre de um projeto criminoso, que usa dinheiro da corrupção nas estatais para comprar votos dos parlamentares. Eles se vendem por dinheiro e perpetuam a corrupção no poder", disse o engenheiro Ricardo Santos, de 54 anos, acompanhado do cachorro - vestido de amarelo.


Em Brasília, cerca de 6.000 manifestantes caminharam até o Congresso e cercaram um gigantesco boneco inflável de Dilma com um grande nariz apelidado de "Dilmentiras". Depois fizeram um enterro simbólico da presidente e do Partido dos Trabalhadores.


A polícia se preparou para receber 60 mil manifestantes em Brasília, mas contabilizou apenas 6.000. No Rio de Janeiro, 6.000 pessoas - segundo os organizadores - desafiaram o forte calor e o sol brilhante do meio dia para pedir a saída de Dilma em frente à praia de Copacabana, enquanto outras pessoas aproveitavam para tomar banho de mar e pegar sol.


"Estamos aqui com a esperança de que sem Dilma vai ser melhor. É que pior do que está não fica. Sob o comando de Dilma, o país só piorou", disse Armando Curado, um aposentado de 70 anos.

 

FolhadePE

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