Publicada em 15/12/2016 às 09h31.
PF prende 12 vereadores em ação contra fraude em licitações no PR
Ação investiga irregularidades em processos licitatórios em Foz do Iguaçu.

Doze dos quinze vereadores da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foram presos na manhã desta quinta-feira (15) durante a 5ª fase da Operação Pecúlio, deflagrada pela Polícia Federal (PF). 


Segundo a PF, dez vereadores foram presos preventivamente, quando não há prazo definido para que os investigados deixem a prisão, e dois temporariamente por cinco dias, podendo ser a prisão prorrogada por mais cinco dias ou convertida em preventiva. A Polícia Federal não especificou o tipo de prisão de cada parlamentar.


Foram presos os vereadores:


Anice Gazzaoui (PTN)
Beni Rodrigues (PSB)
Darci "DRM" (PTN)
Edílio Dall’Agnol (PSC)
Fernando Duso (PT)
Hermógenes de Oliveira (PSC)
Zé Carlos (PMN)
Luiz Queiroga (DEM)
Marino Garcia (PEN)
Coquinho (SD)
Paulo Rocha (PMDB)
Rudinei Moura (PEN)

G1 tenta contato com a defesa dos vereadores presos.


"Nipoti"
A operação foi batizada de "Nipoti" e investiga irregularidades em processos licitatórios de prestação de serviços e realização de obras para a prefeitura de Foz e desvio de recursos na Câmara Municipal.


Ao todo, foram expedidos 78 mandados judiciais, sendo 20 de prisão preventiva e 8 de prisão temporária, em Foz do Iguaçu, Curitiba, Cascavel, Maringá, e Pato Branco, no Paraná, e em Recife e Brasília.


No Recife, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão e outro de condução coercitiva. O alvo é funcionário de uma grande empreiteira, que chegou ao prédio da polícia às 8h. Com ele, os agentes apreenderam dois celulares.


De acordo com as investigações, somente em algumas obras de pavimentação em Foz do Iguaçu foram constatados prejuízos em torno de R$ 4,5 milhões. "Ainda sem levar em consideração o prejuízo potencial em razão da péssima qualidade das obras, o que reduzirá consideravelmente o tempo de vida útil destas", declarou a PF.


Além dos mandados de prisão, também estão sendo cumpridos 11 ordens de condução coercitiva, que é quando o investigado é levado para prestar depoimento, e 39 de busca e apreensão.


As ordens judiciais estão sendo cumpridas em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao grupo criminoso.


A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o preso fica detido por tempo indeterminado.


A PF explicou que o nome da operação – Nipoti – é um substantivo comum de dois gêneros da língua italiana, que significa sobrinhos ou netos. E que a palavra nepotismo tem origem na palavra nepos, nepote, do latim, que se prende à ideia de descendência, parentesco, assumindo o sentido de favoritismo para com parentes.


G1

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