O medo dos moradores de Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata Norte do Estado, aumentou depois que criminosos invadiram e tentaram arrombar o cofre da agência do Banco do Brasil do município, na Zona da Mata Norte do Estado, nessa quarta-feira (14). A violência é o assunto mais comentado entre os moradores. Eles relatam que apenas dois PMs por turno trabalham na cidade e não conseguem evitar a ação de criminosos. O medo impera por lá, principalmente, depois que a Polícia Militar deflagrou a Operação Padrão.
A onda de explosões a caixas eletrônicos tem aterrorizado quem vive em cidades do interior. Por causa da falta de policiamento, muitos moradores estão evitando sair de casa no período da noite. “Quando começa a anoitecer, as pessoas não ficam mais nas ruas”, comentou o agricultor Sebastião Cândido, que mora em Lagoa de Itaenga há mais de 52 anos.
Pernambuco possui uma média de um policial militar para cada 468 habitantes. Um número que é considerado baixo. Em algumas cidades do interior, essa média é bem menor. Em Glória do Goitá, também localizada na Zona da Mata Norte, três PMs são responsáveis por garantir a segurança dos cerca de 30 mil habitantes da cidade.
O único posto da Polícia Militar do município está com as três viaturas paradas na garagem. Isso porque, segundo as regras da Operação Padrão, os veículos só podem ser usados caso estejam em boas condições de uso. Nas ruas da cidade, os PMs só circulavam a pé. A sensação dos moradores é de insegurança. “Estou medo de ir a missa. Não tem polícia na rua”, relatou a técnica em enfermagem, Maria do Socorro Gomes.
No Estado, o deficit de policiais militares chega a nove mil. Segundo o presidente da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados, no interior, além do número reduzido de PMs, a categoria sofre com a falta de estrutura para trabalhar.
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