Publicada em 20/01/2016 às 10h35.
Dilma e Temer ensaiam reaproximação nesta quarta feira (20)
Os ensaios para reconstruir as pontes entres os dois lados teve início já no final do ano passado

Em um gesto para tentar selar a aproximação com o vice-presidente Michel Temer, a presidente Dilma Rousseff recebe na manhã desta quarta-feira (20) o peemedebista para uma conversa no Palácio do Planalto. Os dois não dividem a mesma mesa desde o início de dezembro. O distanciamento entre ambos ocorreu devido à possibilidade de avanço do processo de impeachment na Câmara e foi intensificado após o envio da carta do vice à presidente no mês passado, na qual ele afirma, entre outros pontos, que a petista não tem confiança nele.


Os ensaios para reconstruir as pontes entres os dois lados teve início já no final do ano passado, após o Supremo Tribunal Federal impor regras para o rito do impeachment e assegurar ao Senado, que tem perfil mais governista, papel decisivo no processo. Diante de um desfecho incerto, Temer alterou o tom e passou a pregar "unidade" e "harmonia" na relação.


A mudança de postura do vice ocorreu também devido à possibilidade de ele ter uma disputa pelo comando do PMDB, que detém desde 2001, na próxima convenção nacional da sigla, prevista para março. Temer passou a ter a reeleição ameaçada pelo grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), próximo ao Planalto.


Começou, então, a negociar um acordo com os senadores, estratégia que vem sendo bem sucedida. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, Renan tem dito a aliados, neste últimos dias, que não pretende ir para a disputa nem apoiar um nome contra o vice. O recuo ocorre diante dos avanços das negociações conduzidas por Temer para que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) ocupe a primeira vice-presidência da legenda.


Para Dilma, a aproximação com o vice também tem um componente de sobrevivência uma vez que o PMDB detém as maiores bancadas na Câmara e no Senado e é considerado como um fiel na balança na discussão em torno do processo de impeachment. A expectativa também é de que, ao ter o partido próximo ao Planalto, seja emitido um sinal de governabilidade para o restante das legendas que compõem a base aliada.


A reaproximação de Dilma e Temer tem influenciado até na briga pelo comando da legenda na Câmara. Ligado ao Planalto e contra o impeachment, o atual líder, Leonardo Picciani (RJ) tentará ser reconduzido ao cargo no próximo dia 17. A ala pró-impeachment, pro sua vez, busca ainda busca um nome viável para o embate.


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto do governo, articula um nome, mas há dificuldades. Leonardo Quintão (MG), o primeiro a ser escolhido, emitiu sinais ao Planalto de que não colocará o impeachment como fator determinante na escolha.


FONTE: JC ONLINE

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