(Reprodução da internet)
Relator da Lava Jato, o ministro Edson Fachin dividiu a investigação sobre o presidente Michel Temer e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) do inquérito que também investiga no Supremo Tribunal Federal (STF) o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Em abril, quando foi aberta a apuração, Temer, Aécio e Rocha Loures eram investigados conjuntamente na Suprema Corte. O pedido para apurar o presidente da República, o deputado e o senador foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A jornalista Andrea Neves – irmã de Aécio – e Frederico Pacheco de Medeiros – primo do senador afastado do PSDB – ficarão no mesmo inquérito do parlamentar mineiro.
Na semana passada, a defesa de Temer pediu o desmembramento do inquérito, sob o argumento de que não havia conexão entre os fatos imputados aos três, narrados na delação premiada da JBS.
Responsável pela defesa do presidente da República, o criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira também argumentou na peça judicial que uma investigação autônoma sobre Temer também traria mais celeridade às apurações.
O pedido de abertura de inquérito foi feito após um dos donos do grupo JBS, Joesley Batista, dizer em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que, em março deste ano, gravou o presidente dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação foi divulgada pelo jornal "O Globo".
A delação de Joesley e de seu irmão, Wesley Batista, foi homologada por Fachin, informou o Supremo nesta quinta-feira.
Pela Constituição, o presidente da República só pode ser investigado por atos cometidos durante o exercício do mandato e com autorização do STF.
G1