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A Procuradoria-Geral da República deve liberar a partir desta quinta-feira (1º) trechos da delação da Odebrecht a outros países. Os acordos entre a empreiteira e as autoridades do Brasil e dos Estados Unidos apontaram atos de corrupção da empresa em pelo menos 12 países da América Latina e África entre 2001 e 2016.
As informações permanecerão sob sigilo, mas estima-se que, entre 2005 e 2014, só os projetos da Odebrecht nessas regiões tiveram aportes de mais de R$ 36 bilhões.
Além disso, a Folha de S. Paulo revela que a maioria dos países também recebeu financiamentos do BNDES para obras de infraestrutura tocadas por empresas brasileiras.
As relações entre brasileiros na América Latina e África também se estenderam ao campo do marketing político. Como destaca a publicação, três marqueteiros são investigados fora do Brasil por supostos crimes ligados a construtoras: João Santana, Duda Mendonça e Valdemir Garreta.
A Odebrecht revelou ter doado ilegalmente 35 milhões de dólares para a campanha presidencial do atual mandatário Mauricio Macri, em 2015. A empresa também é suspeita de ter pago mais de 30 milhões de dólares para o ex-presidente do Equador Rafael Correa. Na Angola, a empreiteira também teria pago parte da campanha presidencial, em 2011. Outros países como Peru, Venezuela, Panamá, México, também estão envolvidos nas delações.
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