Publicada em 03/06/2017 às 11h09.
Alagoas vai em busca de R$ 1,3 bilhão em recursos do PAC para obras de barragens
Proposta do Governo do Estado será levada ao Ministério da Integração Nacional.

Quando a chuva começou a cair forte em Alagoas, há mais de duas semanas, o governador Renan Filho (PMDB) estava a caminho de Delmiro Gouveia, no Alto Sertão, onde faria inauguração de obras. Informado das primeiras ocorrências, retornou sem cumprir a agenda. Seguiu direto para os locais onde a força das águas fez suas primeiras vítimas – desabrigados e mortos. Na próxima quarta-feira, 7, o caminho será outro. Viajará a Brasília onde entregará em mãos ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, um plano de ações elaborado pelo Estado para mitigar o efeito das cheias. 

Mais do que isso: pedirá ao governo federal que inclua as obras, orçadas em R$ 1,3 bilhão, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e tentará ainda uma audiência com o presidente Michel Temer, a quem vai expor a situação do Estado e a necessidade imediata dos recursos que terão como destino a construção de barragens reguladoras em quatro pontos considerados críticos: os municípios de Quebrangulo, Viçosa, Capela e São José da Laje.

Medida que também beneficiará as populações de Santana do Mundaú, União dos Palmares, Branquinha, Murici, Rio Largo, Atalaia, Cajueiro, Paulo Jacinto e Palmeira dos Índios, além de cidades situadas às margens do estuário lagunar, como Pilar e Marechal Deodoro.

O estudo minucioso foi realizado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) e resultou no plano de ações que será entregue pelo governador ao ministro nesta quarta. Denominado “Obras e intervenções de amortecimento e mitigação dos efeitos das cheias e regularização de vazões das bacias hidrográficas susceptíveis a enchentes (Paraíba e Mundaú)”, o projeto faz um histórico das cheias registradas em Alagoas em 1988, 1989, 2010, e a deste ano de 2017, descrevendo as causas e consequências, para justificar a necessidade emergencial das medidas de contenção das águas, com política de intervenções nos vales dos rios Paraíba e Mundaú capazes de reverter a força da enxurrada, como descreve o projeto. 

“Eu disse ao presidente da República quando ele esteve aqui naquele domingo (28): ‘O senhor tem que transformar sua visita em materialização e o povo quer prevenção. Ninguém aguenta mais tragédia anunciada’”, afirmou nessa sexta-feira, 2, o governador Renan Filho, em entrevista à Rádio Gazeta AM, ao Programa Ministério do Povo, apresentado por Rogério Costa.

Ele falou ainda que é preciso fazer dois tipos de obras, sobretudo contenção de enchentes, através de barragens capazes de receber um grande volume de chuvas e estabilizar as calhas dos rios, e ações para evitar deslizamento de barreiras, principalmente na capital Maceió.

“Elas [as barragens] mantêm o rio perene no verão e no inverno, barra a água para descer para as cidades. Isso já está sendo feito em Pernambuco com a ajuda do governo federal, mas aqui em Alagoas eles não mandaram dinheiro da outra vez, precisam mandar agora. E a segunda obra é a contenção de encostas na capital”, ele afirma.
GW
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