Publicada em 31/05/2018 às 09h39.
PRF e PM dizem não haver mais nenhum ponto de bloqueio em rodovias em Alagoas
Há apenas uma concentração de caminhoneiros no pátio de um posto de combustíveis na BR-101, no município de Messias.

 (Foto: Carolina Sanches/G1)

 

A Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informaram no final da tarde desta quarta-feira (30) que não há mais nenhum ponto de bloqueio em rodovias federais nem estaduais em Alagoas. Os caminhoneiros protestaram no estado por 9 dias pela redução do preço dos combustíveis.


Segundo a PRF, há apenas uma pequena concentração de caminhoneiros no pátio de um posto de combustíveis na BR-101, no município de Messias. Eles aguardam o desbloqueio de rodovias em outros estados para seguir viagem.


Mesmo com a liberação das vias, o estado ainda sente os reflexos da paralisação, que em alguns estados já dura 10 dias. Posto de combustíveis e a Ceasa foram os mais afetados.


Os principais reflexos da paralisação no estado:


Aeroporto


O Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, na região metropolitana de Maceió, voltou a ficar sem combustível nesta quarta-feira (30), segundo nota da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) divulgada às 13h, mas foi reabastecido horas depois.


É a segunda vez que isso acontece desde o início da greve dos caminhoneiros. Na segunda (28), a Infraero chegou a retirar o aeroporto da lista dos que estavam desabastecido, mas o incluiu novamente nesta tarde.


Educação


Diversas universidades, faculdades e escolas municipais suspenderam as aulas nos últimos dias por causa da greve dos caminhoneiros, e decidiram só retomá-las na próxima segunda-feira (4).


Nos municípios de Arapiraca, Inhapi, Craíbas, Coité do Noia, Porto de Pedras, Atalaia e Matriz do Camaragibe, porém, as aulas só devem ser retomadas quando o abastecimento de combustível for normalizado.


O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) também suspendeu as aulas nos campi Piranhas, Maragogi, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, Arapiraca, Murici, Penedo, São Miguel dos Campos, Maceió e Batalha, afetando mais de 14.500 estudantes.


Combustíveis


O abastecimento nos postos de combustíveis foi retomado no sábado, mas ainda há postos com estoques zerados. Na terça, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sidicombustíveis-AL) conseguiu com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AL) comboio policial para caminhões que abastecem os postos do interior.


Segundo o sindicato, há 520 postos de combustíveis, sendo 120 só na capital. Grande parte do combustível que abastece a capital vem do Porto de Maceió, o restante do Porto de Suape, em Pernambuco.


A previsão é que a situação seja normalizada até o final da semana.


Saúde pública


Ministério da Saúde prorrogou a campanha de vacinação contra a gripe até o dia 15 de junho por causa do protesto dos caminhoneiros.


Em comunicado divulgado nas redes sociais, o ministério declarou: "A recomendação do Ministério da Saúde, enviada aos gestores locais nesta terça-feira (29), foi adotada em decorrência dos possíveis impactos da paralisação dos caminhoneiros no transporte público e nos atendimentos em serviços de saúde".


Municípios


Atalaia: a falta de combustíveis levou a prefeitura a decretar situação de emergência. Com isso, ficam suspensas as aulas na rede municipal, o transporte de universitários até o dia 30, as obras que necessitem de apoio de máquinas do Município, entre outros serviços.


Arapiraca: As aulas e o transporte de universitários estão suspensos por causa da falta de combustíveis.


Palmeira dos Índios: As aulas e o transporte de universitários estão suspensos por causa da falta de combustíveis. A prefeitura decretou situação de emergência.


Inhapi: Aulas e a coleta feita por caminhão de lixo foram suspensas por causa da falta de combustíveis. Apenas ambulâncias são abastecidas.


Craíbas: Aulas foram suspensas por causa da falta de combustível.


Coité do Noia: Aulas foram suspensas por causa da falta de combustível.


Porto de Pedras: Aulas foram suspensas por causa da falta de combustível.


Matriz do Camaragibe: Aulas foram suspensas por causa da falta de combustível e a coleta de lixo funcionou até segunda (28).


Capela: Coleta de lixo foi reduzida e só acontecerá 3 vezes por semana.


Pilar: Carros pequenos da prefeitura só podem ser usados para emergência. Os dois postos da cidade devem reservar um percentual de combustível para atender o transporte escolar, ambulância, viaturas da Guarda Municipal e coleta de lixo.


Palestina: Não há mais combustível na cidade.


Marechal Deodoro: Aulas foram suspensas na terça (29) porque o município não tem combustível para abastecer os transportes escolares.


Mata Grande: Dos 4 postos, apenas 1 tem gasolina. Sem diesel, aulas e viagens intermunicipais podem ser suspensas. 10 mil litros de gasolina foram reservadas para a frota municipal.


Mar Vermelho: O Programa Saúde da Família foi suspenso. A prioridade está focada no transporte escolar e de urgência e emergência.


Quebrangulo: Está sem combustível. Coleta de lixo e transporte escolar só devem funcionar até quarta (30) e ambulâncias até a sexta (1). Os demais serviços já estão parados.


Poço das Trincheiras: Abastecimento nos postos de combustível está normal, mas controlado.


Maragogi: Serviços essenciais como Guarda Municipal, coleta de lixo e serviços de saúde serão priorizados. As aulas da rede Municipal estão mantidas até segunda ordem. Prefeitura tenta abastecer ônibus para realizar o transporte de universitários.


São Luís do Quitunde: O transporte escolar municipal e o universitário foram suspensos.

Supermercado


O presidente da Associação dos Supermercados de Alagoas, Raimundo Barreto, disse que alguns produtos continuam faltando.


As grandes redes estão sem abastecimento, vendendo os produtos que já estavam em estoque antes do início da greve. Os hortifrutigranjeiros são os mais comprometidos.


"A parte de hortifrúti está com o estoque zerado. Sabemos que foi liberada carga, mas não sabemos para onde vai. Estamos com deficiência também de produtos derivados do leite. Nossa expectatica é que com a liberação dos bloqueios a situação se normalize na semana que vem", explicou Barreto.


Ceasa


A Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa) ainda registra falta de alimentos, embora a situação tenha apresentado uma leve melhora em relação aos dias anteriores. Nesta manhã, chegou apenas 30% da carga habitual. Na segunda, foram 15%. Normalmente, a Ceasa recebe de 250 a 300 caminhões.


"Chegaram 27 caminhões. A quantidade ainda é pouca, mas teve mais variedade. Recebemos muitos alimentos do Sul e Sudeste, mas a situação nas rodovias ainda é complicada por lá”, afirma José Elenildo, diretor-presidente do Ceasa.


Energia e abastecimento


A Eletrobras Distribuição Alagoas informa que desde domingo (27) começou a restringir os atendimentos realizados pela Companhia devido à crise de abastecimento de combustível, que também afetou a Distribuidora de energia. O plano de contingência elaborado pela Empresa é para atender serviços considerados essenciais, como hospitais.


A Companhia de Saneamento de Alagoas informou que os serviços estão mantidos sem alteração.


Rodovias


Ainda há concentração de caminhoneiros no pátio de um posto de combustíveis em Messias, na BR-101. Segundo a PRF, eles aguardam o desbloqueio de rodovias em outros estados para seguir viagem.


O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens no Estado de Alagoas (Sindicam-AL), Valdir Kummer, que acompanhava a mobilização até esta manhã, disse que orientou a todos que encerrassem a paralisação e que não responde mais pelos atos no estado.


Durante o dia, foram registrados bloqueios na BR-423, em Inhapi, e em dois trechos da AL-145, em Delmiro Gouveia. Os manifestantes encerraram os atos à tarde, segundo o Grupo de Gerenciamento de Crises da PM.

 

 

G1

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